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ópticas

A forma ópticaspode ser [feminino plural de ópticaóticaóptica] ou [feminino plural de ópticoóticoóptico].

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ópticoóticoóptico
|ót| |ót| |ópt|
( óp·ti·co ó·ti·co

óp·ti·co

)


adjectivoadjetivo

1. Relativo ao olho ou à visão. = OCULAR, VISUAL

2. Relativo à óptica ou à visão.

3. Que facilita a visão.


nome masculino

4. Pessoa versada em óptica. = OPTICISTA

5. Fabricante de instrumentos ópticos. = OCULISTA

etimologiaOrigem etimológica:grego optikós, -ê, -ón.

iconeConfrontar: ótico.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: ótico.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: óptico.
grafiaGrafia no Brasil:óptico.
grafiaGrafia em Portugal:ótico.
ópticaóticaóptica
|ót| |ót| |ópt|
( óp·ti·ca ó·ti·ca

óp·ti·ca

)
Imagem

AutomóvelAutomóvel

Peça composta por um compartimento estanque com uma parte exterior transparente, onde estão fixas e protegidas uma ou mais luzes do automóvel (ex.: a óptica dianteira está partida).


nome feminino

1. [Física] [Física] Parte da física que trata da luz e da visão.

2. [Figurado] [Figurado] Aspecto dos objectos vistos à distância.

3. [Figurado] [Figurado] Maneira de ver ou de julgar (ex.: na minha óptica, houve aqui negligência grosseira). = PONTO DE VISTA

4. Estabelecimento comercial especializado em óculos ou em instrumentos ópticos. = OCULISTA

5. [Automóvel] [Automóvel] Peça composta por um compartimento estanque com uma parte exterior transparente, onde estão fixas e protegidas uma ou mais luzes do automóvel (ex.: a óptica dianteira está partida).Imagem

sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: ótica.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: óptica.
grafiaGrafia no Brasil:óptica.
grafiaGrafia em Portugal:ótica.
ópticasópticas

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).