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adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que está sem companhia (ex.: estava só, sentado a uma mesa). = SOZINHO

2. Que não tem família (ex.: vivo só). = SOZINHO

3. Que não se repete (ex.: uma só vez o vi). = ÚNICO

4. Apenas com a companhia de outra pessoa (ex.: deixaram-nas sós; pediu para ficar só com ela). = SOZINHO

5. Que não tem habitantes, ocupantes ou frequentadores (ex.: lugares sós; ruas sós). = DESERTO, ERMO, SOLITÁRIO


advérbio

6. Usa-se para destacar um aspecto, circunstância ou elemento entre vários possíveis (ex.: só estive a ouvir os discos de jazz). = APENAS, SOMENTE, UNICAMENTE

7. Usa-se para indicar uma restrição (ex.: só faltam dois dias para acabar o prazo). = APENAS, SOMENTE, UNICAMENTE


nome masculino

8. Aquele que vive ou está sem companhia.

9. [Jogos] [Jogos] Jogador que no voltarete joga somente com as cartas que tem e não compra nenhuma.

10. [Regionalismo] [Regionalismo] Fundo de vasilha; fundo de agulha.


a sós

Sem outra companhia.

falar só

Falar em voz alta a si próprio.

por si só

De modo isolado ou suficiente (ex.: tomaram a mesma decisão, mas cada uma por si só terá as suas razões).

só que

Expressão usada para introduzir uma oposição ou restrição (ex.: gostamos do carro, só que consome muito combustível; são os mesmos problemas, só que mais graves). = CONTUDO, MAS, NO ENTANTO, PORÉM, TODAVIA

só que não

[Informal] [Informal] Expressão usada, geralmente em tom irónico, para negar a afirmação que a precede ou para indicar que ela é falsa (ex.: é uma comida muito conhecida, só que não; não gosto nada de praia -só que não!).

etimologiaOrigem etimológica:latim solus, -a, -um.

sósó

Auxiliares de tradução

Traduzir "só" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.