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supedâneo

supedâneosupedâneo | n. m.
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su·pe·dâ·ne·o su·pe·dâ·ne·o


(latim tardio suppedaneum, -ii , de pedaneus, -a, -um, que tem comprimento de um pé)
nome masculino

1. Banco que se coloca debaixo dos pés. = ESCABELO, PEANHA

2. Estrado em que o padre põe os pés quando celebra missa.

3. [Figurado]   [Figurado]  Base; suporte.

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Parecidas

Dúvidas linguísticas


Se me permitem, vou transcrever-vos duas frases que me surgiram e alterei, por senti-las erradas. Agradeço antecipadamente a vossa ajuda. Frase 1: A estabilidade e a sincronização facultam-nos o grau de previsibilidade que precisamos para funcionarmos como indivíduos em grupos sociais e especialmente na economia. Para além de ter corrigido o que precisamos - parece-me que deve ser de que precisamos, lá vem a grande questão. Transformei o funcionarmos em funcionar. De que precisamos para funcionar. Puro instinto, e espero que acertado. Há uma regra geral? Frase 2: E das velhinhas enregeladas, nas escadarias dos edifícios públicos, a tentar vender uma esferográfica ou uma pega de cozinha – os seus únicos pertences. Aqui foi o contrário. Achei que o correcto seria a tentarem vender.
As dúvidas colocadas relativamente às frases 1 e 2 dizem essencialmente respeito ao uso do infinitivo pessoal (ou flexionado) e do infinitivo impessoal (ou não flexionado).

A alteração na frase 1 de "para funcionarmos" para "para funcionar" na oração final não é obrigatória, mas é possível por questões de eufonia e por se tratar do mesmo sujeito da oração relativa (que [nós] precisamos) de que depende; sobre este assunto, por favor consulte a resposta infinitivo em orações adverbiais finais (de notar que se o sujeito estivesse explícito na oração final, esta alteração não seria possível: *o grau de previsibilidade que precisamos para nós funcionar).

A alteração na frase 2 de "velhinhas [...] a tentar vender" para "velhinhas [...] a tentarem vender" também não é obrigatória, e terá igualmente causas eufónicas, uma vez que, neste contexto de infinitivo antecedido da preposição a e sem verbo auxiliar, pode ocorrer tanto o infinitivo pessoal como o infinitivo impessoal. Este tipo de estrutura pode ser substituído por um gerúndio (ex.: "velhinhas [...] tentando vender"), pelo que se designa por infinitivo gerundivo (cf. Maria Helena Mira MATEUS et al., Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa: Editorial Caminho, 5.ª ed., 2003, pp. 643-645) e também por infinitivo de narração ou infinitivo histórico (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Sá da Costa, p. 483 e Evanildo BECHARA, Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro: Lucerna, 37.ª ed., 2002, p. 284 e p. 528).

Relativamente à alteração de "que precisamos" para "de que precisamos", por favor consulte as respostas convencido de que e regência de precisar.




Muitas vezes em poesia é usada a forma sincopada pra escrita como p'ra. No entanto o Acordo Ortográfico de 1945 indica que não se deve usar o apóstrofo neste caso. Existem excepções relativamente à poesia? Por outro lado, a forma correcta de, em poesia, abreviar para + a (numa frase como por exemplo horas de ir para a cama) é prà?
A forma sincopada da preposição para é pra, que se encontra atestada na maioria dos dicionários de língua. O uso do apóstrofo neste caso não está previsto em nenhuma das bases XXXIII a XXXVIII do Acordo Ortográfico de 1945, para a língua portuguesa de norma europeia (no caso da norma brasileira, no Formulário Ortográfico de 1943 é especificamente referido que o apóstrofo não será usado nestes casos), nem na Base XVIII do Acordo Ortográfico de 1990, pelo que deverá ser evitado.

Por outro lado, a contracção da preposição para com os artigos definidos ou pronomes demonstrativos a, o, as, os deverá corresponder às formas prà, prò, pràs, pròs, segundo a base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945. No entanto, segundo o Acordo Ortográfico de 1990, deverá corresponder às formas pra, pro, pras, pros, uma vez que, neste acordo (ver Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

As normas ortográficas preconizadas pelos textos legais referidos dizem respeito à língua portuguesa em geral, não prevendo excepções para a poesia.

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Palavra do dia

ron·cei·ro ron·cei·ro


(espanhol roncero, de ronce, manifestação de carinho para conseguir algo)
adjectivo
adjetivo

1. Que age ou se mexe devagar (ex.: seguia num passo ronceiro). = LENTO, PACHORRENTO, VAGAROSOAÇODADO, APRESSADO, DESEMBESTADO

2. Que mostra preguiça ou não gosta de trabalhar ou estudar (ex.: cavalo ronceiro). = INDOLENTE, MADRAÇO, MANDRIÃO, PREGUIÇOSO

Confrontar: roceiro.
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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/suped%C3%A2neo [consultado em 24-03-2023]