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secção

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secçãoseção
|sècs| |sè|
( sec·ção

se·ção

)


nome feminino

1. Divisão ou subdivisão composta de coisas da mesma espécie.

2. Cada uma das divisões em que se organiza uma repartição pública, uma empresa ou outra instituição (ex.: secção de contabilidade; secção regional da ordem dos médicos).

3. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Corte de um edifício pelo centro num plano com as proporções de altura e profundidade rigorosamente observadas para compreensão da sua disposição interior.

4. [Geometria] [Geometria] Encontro de duas linhas ou de uma linha e uma superfície ou de uma superfície e um sólido.

5. Corte vertical (ex.: viga com secção em L).

6. [História natural] [História natural] Divisão de um género, divisão secundária, subdivisão.

7. [Militar] [Militar] Quarta parte de um esquadrão.

8. [Militar] [Militar] Subdivisão de baterias em número limitado de bocas-de-fogo.

9. [Farmácia] [Farmácia] Operação de cortar substâncias medicinais.


secção de voto

Local onde vota um certo número de eleitores.

etimologiaOrigem etimológica:latim sectio, -onis, corte.

icone Confrontar: cessão, sessão.
Ver também resposta à dúvida: "secção" segundo o novo Acordo Ortográfico.
grafiaGrafia no Brasil:seção.
grafiaGrafia no Brasil:seção.
grafiaGrafia em Portugal:secção.
grafiaGrafia em Portugal:secção.
secçãosecção

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Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.