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salto-mortal

A forma salto-mortalé[nome masculino].

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salto1salto1
( sal·to

sal·to

)
Imagem

Parte do calçado que faz altear o calcanhar.


nome masculino

1. Acto ou efeito de saltar; ricochete; pulo.

2. Catadupa, queda-d'água.

3. Transposição.

4. Passagem brusca e sem graus intermediários.

5. Parte do calçado que faz altear o calcanhar.Imagem = TACÃO

6. Pilhagem; assalto.

7. [Portugal] [Portugal] Travessia ilegal de fronteira (ex.: pediu dinheiro emprestado para comprar o salto para França).

8. [Zoologia] [Zoologia] Cópula de alguns animais, como equídeos ou bovinos. = COBRIÇÃO, PADREAÇÃO

9. [Jogos] [Jogos] Movimento do cavalo no jogo do xadrez.

10. [Música] [Música] Subida repentina da voz fora do mesmo compasso.

11. [Marinha] [Marinha] Arreamento, em pequena quantidade, da escota, da adriça ou de qualquer cabo.

12. [Caça] [Caça] Processo em que o caçador se desloca para procurar, levantar, perseguir, apanhar ou matar os animais a caçar.


de salto

Num pulo; de repente.

salto à vara

[Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte]  Modalidade de atletismo em que, após uma corrida inicial para ganhar balanço, o atleta finca uma vara longa e flexível no chão para se impulsionar e transpor uma fasquia horizontal, caindo, geralmente de costas, sobre um colchão.

salto beduíno

Salto mortal de costas ou para trás, com torção no ar e queda de frente.

salto com vara

[Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte]  O mesmo que salto à vara.

salto de vara

[Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte]  O mesmo que salto à vara.

salto em altura

[Desporto] [Esporte]  Modalidade de atletismo em que, após uma corrida inicial para ganhar balanço, o atleta faz uma curva antes de se elevar rodando o corpo para transpor uma fasquia horizontal, caindo de costas sobre um colchão.

salto em comprimento

[Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte]  Modalidade de atletismo em que o atleta tenta percorrer no ar sobre uma caixa de areia a maior distância possível a partir de uma marca.

salto em distância

[Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte]  O mesmo que salto em comprimento.

salto mortal

[Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte]  O que se executa dando o corpo uma volta completa no ar, para diante, para trás, ou para o lado, sem que as mãos toquem no chão. = MORTAL

salto triplo

[Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte]  O mesmo que triplo salto.

triplo salto

[Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte]  Modalidade de atletismo semelhante ao salto em comprimento, mas com dois apoios antes do salto sobre a caixa de areia.

etimologiaOrigem etimológica: latim saltus, -us, salto, de salio, -ire, saltar.
salto-mortalsalto-mortal
( sal·to·-mor·tal

sal·to·-mor·tal

)


nome masculino

[Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte] Salto que se executa dando o corpo uma volta completa no ar, para diante, para trás, ou para o lado, sem que as mãos toquem no chão. = MORTAL, SALTO MORTAL

etimologiaOrigem etimológica: salto + mortal.
vistoPlural: saltos-mortais.
iconPlural: saltos-mortais.
salto-mortalsalto-mortal

Palavras vizinhas

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Vi hoje na TV (RTP 1 - Falar bem português) que maçapão se escreve com ç e não com ss. No vosso dicionário on-line aparece com o mesmo significado escrito das duas maneiras. Está correcto ou a RTP 1 está errada?
Os dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário Houaiss ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, registam ambas as variantes gráficas (massapão e maçapão). No entanto, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a variante maçapão deve ser preferível à variante massapão, porque se trata de palavra com origem no castelhano mazapán, que por sua vez derivaria do árabe, o que prescreveria a grafia com ç e não com s duplo.



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).