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romper

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romperromper
|ê| |ê|
( rom·per

rom·per

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Despedaçar; quebrar com violência.

2. Dilacerar, separar em pedaços.

3. Esquartejar.

4. Rasgar.

5. Entrar violentamente por, abrir caminho através de.

6. Abrir, sulcar, fender.

7. Interromper o curso regular de; quebrar.

8. Violentar, destruir, desbaratar.

9. Dar começo a.

10. Perturbar.


verbo intransitivo

11. Atacar, investir.

12. Atravessar, penetrar.

13. Começar, ter princípio.

14. Irromper, manifestar-se subitamente.

15. Brotar, surgir, nascer, jorrar com ímpeto.

16. Quebrar, violar.


verbo pronominal

17. Quebrar-se, partir-se, despedaçar-se (como efeito de um agente violento).

18. Rasgar-se.

19. Fender-se; abrir-se.

20. [Figurado] [Figurado] Sofrer interrupção, cessar de repente.


nome masculino

21. Os primeiros sinais de.

22. Aparecimento súbito.


romper a

Principiar a acção indicada pelo infinito.

romper em

Começar a acção que indica o nome.

Auxiliares de tradução

Traduzir "romper" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas


Gostaria de saber se a palavra sofá se pronuncia "SÓFÁ" acentuando também no o ou sem acentuação.
Na questão colocada, não está em causa a acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: so), mas a qualidade da vogal (a vogal o, por exemplo, pode corresponder aos sons [ɔ], como em fome, [o], como em amor, ou [u], como em barco).

No português, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal o nas palavras dobra e dobrar, o som [ɔ] (vogal mais baixa) da palavra dobra (com acento tónico em do) passa a pronunciar-se [u] (vogal mais alta) em dobrar pois a sílaba tónica passou a ser a última dobrar.

Esta regra geral aplica-se a sofá e aí, como a sílaba tónica é , a sílaba so- pode pronunciar-se [su] (e é esta a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora).

A pronúncia [sɔ] é também possível, pois a palavra, apesar de ser de origem árabe, entrou no português através do francês, sendo pronunciada ó nessa língua, podendo desta forma ser considerada um galicismo.




Gostaria de saber se existe alguma regra de fonética para o plural de palavras tais como: fogo, poço, jogo... É que eu fui ensinado a pronunciar: fógos, póços, jógos... ao invés de fôgos, pôços, jôgos... (os acentos estão só como indicadores de fonética). É que recentemente tenho ouvido alguns jornalistas pronunciar estas palavras com entoação "ô"...? Agradecia que me esclarecessem esta dúvida.
Não existe oficialmente nenhuma regra fonética em português que dê conta da alternância vocálica entre o singular e o plural de palavras como fogo, poço, jogo, contorno, despojo, esforço, imposto, ovo, tijolo, troço, etc. Por essa razão, é natural que alguns falantes possam hesitar na pronúncia do plural destes termos.

As gramáticas e os prontuários incluem estas palavras em listas de vocábulos cuja vogal tónica, no singular, é o o fechado /ô/ mas que no plural se transforma em o aberto /ó/, fenómeno tradicionalmente designado por metafonia. Há, no entanto, muitos casos semelhantes em que o singular e o plural mantêm o mesmo o fechado, como por exemplo acordo(s) /ô/, gosto(s) /ô/ ou sopro(s) /ô/ (cf. Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, p. 184). Essas listas nem sempre são consensuais, havendo mesmo divergências entre gramáticos e até entre a norma culta de Portugal e a do Brasil (por exemplo, o plural de almoço pronuncia-se almóços em Portugal mas almôços no Brasil).

Na sua Moderna Gramática Portuguesa (p. 124), Evanildo Bechara afirma que se tem recorrido à etimologia latina desses termos e ao paralelismo com a língua espanhola para desfazer hesitações de pronúncia, mas que tal não esclarece todas as dúvidas. Acresce que esse tipo de informação é opaca para a maioria dos falantes, pelo que a variação resulta de factores de evolução da língua mas também de uso, de analogia e até de hipercorrecção (Gramática do Português, organizada por Eduardo Paiva Raposo, p. 3302).

No artigo "Histórias de O", o linguista Ernesto d'Andrade faz a revisão de vários estudos desta alternância em português e fornece uma análise mais técnica, com base fonológica, deste fenómeno.

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém indicações de pronúncia, tanto no singular, quanto no plural dessas palavras.