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romper

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romperromper
|ê| |ê|
( rom·per

rom·per

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Despedaçar; quebrar com violência.

2. Dilacerar, separar em pedaços.

3. Esquartejar.

4. Rasgar.

5. Entrar violentamente por, abrir caminho através de.

6. Abrir, sulcar, fender.

7. Interromper o curso regular de; quebrar.

8. Violentar, destruir, desbaratar.

9. Dar começo a.

10. Perturbar.


verbo intransitivo

11. Atacar, investir.

12. Atravessar, penetrar.

13. Começar, ter princípio.

14. Irromper, manifestar-se subitamente.

15. Brotar, surgir, nascer, jorrar com ímpeto.

16. Quebrar, violar.


verbo pronominal

17. Quebrar-se, partir-se, despedaçar-se (como efeito de um agente violento).

18. Rasgar-se.

19. Fender-se; abrir-se.

20. [Figurado] [Figurado] Sofrer interrupção, cessar de repente.


nome masculino

21. Os primeiros sinais de.

22. Aparecimento súbito.


romper a

Principiar a acção indicada pelo infinito.

romper em

Começar a acção que indica o nome.

romperromper

Auxiliares de tradução

Traduzir "romper" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).