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primário

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primárioprimário
( pri·má·ri·o

pri·má·ri·o

)


adjectivoadjetivo

1. Que está primeiro.

2. Que é de primeira importância. = FUNDAMENTAL, IMPORTANTE, PRINCIPALACESSÓRIO, IRRELEVANTE, SECUNDÁRIO

3. Que não apresenta grande dificuldade. = BÁSICO, ELEMENTAR, SIMPLES

4. Que é relativo ou pertencente ao primeiro ciclo do ensino básico ou aos estabelecimentos onde se ministra.

5. Que constitui ou pertence ao primeiro estádio de um processo ou doença (ex.: tuberculose primária).

6. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que tem pouca cultura ou pouca capacidade intelectual. = BÁSICO, LIMITADO

7. [Psicologia] [Psicologia] Diz-se, em caracterologia, de uma pessoa cujas reacções são prontas, de curta duração e pouco profundas.


nome masculino

8. Tinta ou substância especial que se aplica numa primeira demão.

9. Primeiro ciclo do ensino básico. = PRIMÁRIA

10. [Economia] [Economia] O mesmo que sector primário.


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

11. [Geologia] [Geologia] Diz-se de ou segunda divisão dos tempos geológicos, posterior ao Pré-câmbrico e anterior ao Mesozóico. = PALEOZÓICO

etimologiaOrigem etimológica:latim primarius, -a, -um, primeiro, principal.

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Dúvidas linguísticas



Trabalho com luteria ou luteraria? Encontrei os dois no Aurélio em edições diferentes, mas qual eu uso?
Será lutheria? Mas isto é português, italiano ou francês?
Outra dúvida: escrevo arte lutérica ou luterárica?
É muito comum utilizar-se o galicismo lutherie para designar a profissão de luthier.

No entanto, e como já estão atestadas alternativas aportuguesadas daquele estrangeirismo, é sempre preferível optar pelas formas que seguem as normas da ortografia portuguesa. Uma vez que luteria é a forma que mais se aproxima do seu étimo (lutherie), deve ter uso preferencial, i.e., deverá optar por usar luteria em vez de luteraria.

Ambos os adjectivos (lutérico e luterárico) são possíveis, apesar de nenhum deles ter registo em dicionários e léxicos da língua portuguesa. No entanto, e uma vez que lutérico é a forma que deriva de luteria, essa deverá ser a preferencial.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).