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pezorro

A forma pezorropode ser [derivação masculino singular de ] ou [nome masculino].

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pezorropezorro
|pèzô| |pèzô|
( pe·zor·ro

pe·zor·ro

)


nome masculino

Pé grande.

etimologiaOrigem etimológica:pé + -z- + -orro.

vistoPlural: pezorros |ô|.
iconPlural: pezorros |ô|.
Imagem

Parte do corpo humano que se articula com a extremidade inferior da perna.


nome masculino

1. Parte do corpo humano que se articula com a extremidade inferior da perna.Imagem

2. Parte final dos membros, especialmente posteriores, dos vertebrados terrestres.

3. Parte que serve para sustentar certos móveis e utensílios.Imagem

4. [Metrologia] [Metrologia] Medida anglo-saxónica de comprimento, equivalente a 12 polegadas ou a 30,48 centímetros (símbolo: ft).

5. Cabo de utensílio.

6. Haste, tronco, raiz.

7. Pedúnculo, pecíolo.

8. Base, sopé.

9. Resíduo sólido ou pastoso de um líquido acumulado no fundo de um recipiente. = BORRA, FEZES, LIA, SEDIMENTO

10. Último parceiro a quem compete jogar.

11. [Enologia] [Enologia] O que fica da uva depois de espremida uma vez.

12. Espelho de um degrau de escada.

13. Pilar.

14. [Figurado] [Figurado] Modo, maneira.

15. Estado de um negócio, de uma empresa, de uma negociação (ex.: no pé em que estamos, acho que não haverá acordo).

16. Pretexto, motivo, ocasião.

17. [Encadernação] [Encadernação] Parte inferior do livro, oposta à cabeça.

18. [Tipografia] [Tipografia] Parte inferior de uma página impressa, oposta à cabeça (ex.: nota de pé de página).

19. [Tipografia] [Tipografia] Traço, de maior ou menor dimensão, nas extremidades de alguns tipos de letra. = APOIO, PATILHA, SERIFA

20. [Marinha] [Marinha] Ponta do cabo com que se vira a vela.

21. [Versificação] [Versificação] Conjunto de duas a quatro sílabas que serve para medir o verso grego e o latino.


acordar com os pés de fora

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Acordar mal-humorado.

ao pé

Junto, perto, próximo (ex.: quem é que se sentou ao pé deles?).

ao pé da letra

No sentido mais literal da palavra ou expressão (ex.: interpretação ao pé da letra; interpretar ao pé da letra). = À LETRA

Palavra por palavra, sem ter em conta o sentido de expressões ou fraseologias (ex.: tradução ao pé da letra; traduzir ao pé da letra). = À LETRA

a pé

Andando; dando passos com os próprios pés.

a pé enxuto

Sem molhar os pés.

a pé firme

Sem arredar pé ou sem medo.

a pé quedo

O mesmo que a pé firme.

a pés juntos

De forma agressiva ou grosseira (ex.: foi muito delicado e não quis entrar a pés juntos).

[Figurado] [Figurado] Com teimosia (ex.: jurava a pés juntos que não tinha sido ele). = OBSTINADAMENTE

atar de pés e mãos

[Figurado] [Figurado] Restringir as possibilidades de acção de uma pessoa.

bater o pé

[Figurado] [Figurado] Agir de modo insistente. = INSISTIR, RECALCITRAR, RESISTIR, TEIMAR

[Figurado] [Figurado] Fazer frente; demonstrar oposição.

cair de pé

[Figurado] [Figurado] Ser derrotado com dignidade, após ter resistido corajosamente.

com o pé no estribo

Pronto para partir.

com pés de lã

Sorrateiramente, à socapa.

dar com os pés

[Figurado] [Figurado] Abandonar, rejeitar.

[Figurado] [Figurado] Terminar um relacionamento.

de pé

Levantado.

de pé atrás

[Figurado] [Figurado] Com reservas; com desconfiança.

do pé para a mão

[Figurado] [Figurado] Logo; imediatamente; muito facilmente.

em pé

Levantado.

Na árvore; na planta (ex.: comprar as ervilhas em pé).

em pé de guerra

Armado.

encher o pé

Acertar com o pé em cheio na bola para rematar (ex.: encheu o pé e marcou um golaço).

enfiar o pé na jaca

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ficar embriagado. = EMBEBEDAR-SE

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Entregar-se à diversão, à farra. = ESBALDAR

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter um comportamento excessivo ou descontrolado.

ganhar pé

Firmar os pés no fundo da água ficando com a cabeça de fora.

ir num pé e voltar no outro

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Deslocar-se a algum sítio e regressar depressa.

meter o pé

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ir embora (ex.: está tarde, vou meter o pé; meteu o pé e nunca mais ligou). = CAIR FORA

meter o pé em ramo verde

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] O mesmo que pôr o pé em ramo verde.

meter o pé na argola

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Cometer um erro, fazer asneira.

meter o pé na jaca

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que enfiar o pé na jaca.

meter os pés na algibeira

[Figurado] [Figurado] Desfrutar.

meter os pés pelas mãos

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Dizer ou fazer trapalhices. = ATRAPALHAR-SE, CONFUNDIR-SE

não ter pé

Ser demasiado fundo para ganhar pé.

não ter pés nem cabeça

Não fazer sentido; ser disparatado (ex.: a justificação não pés nem cabeça).

passar o pé

Fugir.

pé ambulacrário

[Zoologia] [Zoologia]  Cada um dos órgãos tubulares dos equinodermos, nomeadamente estrelas-do-mar e ouriços-do-mar, geralmente com terminação em ventosa, que servem para a locomoção e por vezes também para alimentação e respiração. = PÓDIO

pé ante pé

Andando devagarinho, sem fazer ruído. = NA PONTA DOS PÉS

pé cavo

[Medicina] [Medicina]  Aquele cujo arco plantar é exagerado. = PÉ CÔNCAVO

pé chato

[Medicina] [Medicina]  Deformação do arco longitudinal da planta do pé, de forma a que quase toda a região plantar se apoie no solo.

pé côncavo

[Medicina] [Medicina]  O mesmo que pé cavo.

pé de chibau

[Dança] [Dança]  Antiga dança popular. = PÉ DE GIBÃO

pé de gibão

[Dança] [Dança]  O mesmo que pé de chibau.

equino

[Medicina] [Medicina]  Pé disforme, quase redondo e que não pode assentar senão sobre a ponta.

pé plano

[Medicina] [Medicina]  O mesmo que pé chato.

perder o pé

Não achar fundo.

[Figurado] [Figurado] Ficar desnorteado.

pés da cama

Lado da cama correspondente à zona onde habitualmente ficam os pés, por oposição à cabeceira.

pisar aos pés

Desatender, desprezar, humilhar.

pôr o pé em ramo verde

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Agir de modo destemido ou descuidado, com total liberdade (ex.: poucas vezes o deixaram pôr o pé em ramo verde).

pôr o pé na argola

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] O mesmo que meter o pé na argola.

pôr o pé na jaca

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que enfiar o pé na jaca.

pôr-se em pé

Levantar-se.

sem pés nem cabeça

Disparatado ou sem sentido (ex.: contou uma história sem pés nem cabeça).

tomar pé

Ganhar pé.

etimologiaOrigem etimológica:latim pes, pedis.

pezorropezorro


Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).