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volt

quilovolt | n. m.

Unidade de força electromotriz equivalente a 1 000 volts (símbolo: kV)....


voltómetro | n. m.

Galvanómetro destinado a medir a força electromotriz ou a queda de potencial entre dois pontos....


v | n. m. | adj. 2 g. | símb.

Símbolo de volt. (Com maiúscula.)...


henry | n. m.

Unidade de medida de indutância do Sistema Internacional (símbolo: H), igual à indutância de um circuito fechado no qual se produz uma força electromotriz de 1 volt quando a intensidade da corrente eléctrica varia de 1 ampere por segundo....


volt | n. m.

Unidade prática de força electromotriz e unidade de medida de diferença de potencial existente entre as extremidades de um condutor com a resistência de um ohm e atravessado pela corrente de um ampere (símbolo: V)....


voltagem | n. f.

Diferença de potencial, medida em volts, entre as extremidades de um condutor. [Nota: uso controverso.]...


tensão | n. f.

Diferença de potencial, medida em volts, entre as extremidades de um condutor....


farad | n. m.

Unidade de medida de capacidade eléctrica (símbolo: F), equivalente à capacidade de um condensador eléctrico entre as armaduras do qual aparece uma diferença de potencial de 1 volt, quando ele é carregado de uma quantidade de electricidade igual a 1 coulomb....


vóltio | n. m.

O mesmo que volt....


ohm | n. m.

Unidade de medida de resistência eléctrica entre dois pontos de um fio condutor, quando uma diferença de potencial constante de 1 volt, aplicada entre esses dois pontos, produz nesse condutor uma corrente de 1 ampere, não sendo o dito condutor sede de nenhuma força electromotriz....


Unidade de medida de energia empregada em física nuclear (símbolo: eV), equivalente à energia adquirida por um electrão acelerado sobre uma diferença de potencial de 1 volt no vácuo, e valendo aproximadamente 1,602 19. 10-19 joules....


Unidade de medida de energia empregada em física nuclear (símbolo: eV), equivalente à energia adquirida por um electrão acelerado sobre uma diferença de potencial de 1 volt no vácuo, e valendo aproximadamente 1,602 19. 10-19 joules....


volt-ampere | n. m.

Unidade de medida de potência aparente de corrente eléctrica alternada (símbolo: VA), equivalente a 1 watt....



Dúvidas linguísticas



"O Sporting colou-se hoje a FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa." Sendo que o correcto seria "O Sporting colou-se hoje ao FC Porto e ao Benfica”, a primeira hipótese poderá também estar correcta?
As regras que regem o emprego ou a omissão de artigos com nomes próprios nem sempre são óbvias, deixando espaço para incertezas, como se depreende da consulta de qualquer compêndio gramatical sobre este assunto (veja-se, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998: pp. 214-242).

A frase que refere poderia estar correcta como eventual título de jornal (onde a omissão de artigos e verbos é frequente: Sporting, FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa), sobretudo se o clube desportivo mencionado no início da frase também não fosse precedido de artigo: Sporting colou-se hoje a FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa. Tal como é apresentada, com Sporting precedido de artigo, ao contrário de Porto e Benfica, a frase causa alguma estranheza, sendo preferível indicar todos os artigos: O Sporting colou-se hoje ao FC Porto e ao Benfica na liderança da Superliga portuguesa.




A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.


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