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untarem

azeitado | adj.

Temperado com azeite....


ensebado | adj.

Coberto de sebo, untado de sebo....


alipta | n. m.

O que, entre os romanos e entre os gregos, untava com essências os que saíam do banho, e os atletas antes do combate....


jorra | n. f.

Breu para untar o interior das vasilhas de barro....


untadela | n. f.

O mesmo que untadura....


untadura | n. f.

Acto ou efeito de untar; untura....


unto | n. m.

Gordura que envolve os intestinos do porco....


untura | n. f.

Acto ou efeito de untar....


chorume | n. m.

Gordura da carne de um animal....


cifonismo | n. m.

Suplício que consistia em untar com mel o condenado e expô-lo às moscas amarrado a um pelourinho....


enxúndia | n. f.

Gordura animal, em especial das aves e dos suínos....


esparadrapo | n. m.

Pano untado com adesivo ou algum remédio para feridas....


sebeiro | n. m.

Espécie de brocha de que os calafates se servem para untar com sebo as brocas, trados, etc....


cocanha | n. f.

Mastro untado de sebo, com prémio no topo para aquele que, trepando, consiga atingi-lo....


untador | adj. n. m.

Que ou aquele que unta....


unção | n. f.

Acção ou efeito de ungir ou untar, com uma substância oleosa, qualquer parte do corpo....


unguento | n. m.

Medicamento externo, pouco consistente, que tem por base uma substância gorda....




Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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