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tourito

almarado | adj.

De cabeça pelada em várias partes....


botineiro | adj.

Diz-se do touro que tem as pernas de cor diferente da do resto do corpo....


bocalvo | adj.

Diz-se do touro que tem o focinho branco (sendo escura a cabeça)....


boiante | adj. 2 g.

Que bóia ou flutua....


bisco | adj.

Que tem uma haste mais baixa que a outra (touro ou boi)....


cardim | adj. 2 g.

Diz-se do touro que tem o pêlo branco e preto....


cornialto | adj.

Diz-se do touro cujos chifres se elevam mais do que é vulgar....


cornibaixo | adj.

Diz-se do touro que tem hastes baixas ou inclinadas para baixo....


cornicurto | adj.

Que tem cornos curtos (touro)....


cornilargo | adj.

Diz-se do touro que tem as hastes muito afastadas uma da outra....


embolado | adj.

Diz-se do touro ou da vaca brava cujas hastes se guarnecem de bolas, para que não firam o toureiro....


ensabanado | adj.

Diz-se do touro que tem todo o pêlo branco....


gravito | adj.

Diz-se do touro que tem as hastes quase verticais....


Diz-se do touro que tem as hastes brancas com ponta negra....


hastifino | adj.

Que tem hastes delgadas (falando-se do touro)....


hastiverde | adj. 2 g.

Que tem hastes esverdeadas (falando-se do touro)....


lidado | adj.

Fatigante; trabalhoso....


lompardo | adj.

Diz-se do touro que tem o lombo pardo e mais escuro que o resto do corpo....


mal-armado | adj.

Diz-se do touro que tem hastes defeituosas....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Costumo usar frequentemente o termo vai vir, apesar de ter a noção que algures alguém me disse que está em desuso, mas que é correcto usar-se, porque se trata do reforço de uma acção. Gostava de saber a vossa opinião.
Do ponto de vista sintáctico e semântico, a locução verbal vai vir está correctamente formada, pois utiliza o verbo ir como auxiliar e o verbo vir como verbo principal, à semelhança de outras construções análogas com este auxiliar para indicar o futuro (ex.: Ele amanhã não vai trabalhar; O atleta vai iniciar a prova). Não se trata de um reforço da acção, mas de uma indicação temporal de uma acção que acontecerá no futuro ou está iminente e é uma construção muito usada, nomeadamente na oralidade, em substituição do futuro do indicativo (ex.: a construção ele vai vir amanhã é mais frequente do que ele virá amanhã, da mesma forma que a construção ele não vai trabalhar é muito mais frequente do que ele não trabalhará).
As locuções verbais com o verbo ir como auxiliar do verbo vir (vai vir) ou do verbo ir (vai ir), e todas as flexões possíveis do verbo auxiliar, são por vezes consideradas desaconselhadas sem que para tal haja outro motivo linguístico pertinente que não o de serem construções mais usadas num registo informal.


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