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preguiço

lambeirão | n. m.

Aquele que, por preguiça, não faz nada....


pacholice | n. f.

Dito ou acto de pachola....


relambório | adj. | n. m.

Que é preguiçoso e desleixado....


leseira | n. f. | n. 2 g.

Falta de energia ou de vontade....


asiático | adj. | n. m.

Da Ásia ou a ela relativo....


lombeira | n. f.

Costas, dorso, lombo....


desejo | n. m.

Acto de desejar ou de se desejar....


desídia | n. f.

Ausência de força ou de estímulo para agir....


engonha | n. f. | n. 2 g.

Indivíduo inepto, preguiçoso....


mandriice | n. f.

Qualidade de quem é mandrião....


ronceirice | n. f.

Qualidade ou hábito de ronceiro....


rabuge | n. f.

O mesmo que rabugem....


preguicite | n. f.

Preguiça muito intensa ou contínua (ex.: não fez o trabalho por pura preguicite)....


inércia | n. f.

Falta de movimento ou de actividade....


lazeira | n. f.

Desgraça, calamidade....


rabugem | n. f.

Espécie de sarna que atinge alguns animais, nomeadamente cães, lobos ou porcos....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Colibri diz-se: Culibri? ou Colibri (com o som do -o- aberto)? Li que a sílaba acentuada é a última? Sendo aguda, que som tem a sílaba Co-? E porquê, ou seja qual é a regra para a pronunciação desta palavra?
Na questão colocada, está em causa a qualidade da vogal de uma sílaba átona, e não a sua acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: colibri).

A letra o pode corresponder ao som [o], como em avô ou dor, ao som [ɔ], como em avó ou corda, ou ao som [u], como em comida ou carro.

No português europeu, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal o das palavras corda e cordão, o som [ɔ] (vogal mais baixa) da palavra corda (com acento tónico em cor) passa a pronunciar-se [u] (vogal mais alta) em cordão pois a sílaba tónica passou a ser a última cordão. Esta regra geral pode aplicar-se a colibri (como a sílaba tónica é bri, a sílaba co- pode pronunciar-se [ku]), mas no caso desta palavra, há informação lexical, isto é, relativa à própria palavra e não às regras mais gerais da língua, que faz com que, por motivos etimológicos ou outros, a maioria dos falantes pronuncie [kɔ]libri. Esta é então também a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.


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