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lancetamentos

Instrumento cirúrgico composto de várias lancetas que obram simultaneamente na pele....


lanceta | n. f.

Instrumento com lâmina curta, usado para pequenas cirurgias, para punções ou para sangramentos....


lanceteira | n. f.

Ferramenta semelhante à lima....


lancetagem | n. m.

Acto ou efeito de lancetar ou de abrir ou fazer punção com lanceta (ex.: lancetagem do calcanhar de recém-nascidos)....


lancetamento | n. m.

Acto ou efeito de lancetar ou de abrir ou fazer punção com lanceta (ex.: lancetamento do abcesso)....


chumacete | n. m.

Diminutivo de chumaço....


flame | n. m.

Lanceta de veterinário....


cesura | n. f.

Acto de cortar....


lancetador | adj. n. m.

Que ou o que é usado para lancetar ou fazer punção ou abertura com lanceta (ex.: caneta lancetadora; aprendeu a usar o lancetador para medir a glicemia)....


vacinador | adj. n. m.

Que ou aquele que vacina....


sarjador | adj. n. m. | n. m.

Que ou aquele que sarja....


bestilha | n. f.

Lanceta de alveitar....


canivete | n. f.

Navalha pequena com lâmina dobrável ou retráctil....


flebótomo | n. m.

Lanceta para fazer sangrias....


lancetar | v. tr.

Abrir ou fazer punção com lanceta (ex.: lancetar um abcesso)....


vacinostilo | n. m.

Lanceta própria para vacinar, semelhante a um aparo metálico não fendido, outrora usado na vacinação antivariólica....



Dúvidas linguísticas



Recentemente encontrei uma palavra escrita de duas maneiras diferentes, ambas referentes a um mamífero conhecido: ouriço-cacheiro e ouriço-caixeiro. Gostaria de saber se está correcto utilizar ambas as representações.
A forma correcta é ouriço-cacheiro, uma vez que esta é a designação de várias espécies de pequenos mamíferos que se enrolam quando pressentem perigo, escondendo-se sob os espinhos. A palavra é composta por justaposição do substantivo ouriço e do adjectivo cacheiro, que significa "que se esconde". A forma *ouriço-caixeiro é incorrecta, como indica o asterisco, e resulta da confusão entre as palavras parónimas (têm pronúncia e grafia semelhantes) cacheiro e caixeiro, sendo esta última um substantivo que designa geralmente uma pessoa que efectua vendas ao público ou uma pessoa que fabrica caixas ou que trabalha com elas.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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