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humanização

desumanizante | adj. 2 g.

Que torna desumano; que desumaniza (ex.: os fenómenos de massificação são, por natureza, desumanizantes)....


humanizante | adj. 2 g.

Que torna humano; que humaniza (ex.: formação humanizante)....


humanado | adj.

Que se tornou humano; que se humanou (ex.: deus humanado)....


humanizado | adj.

Que se tornou humano; que se humanizou (ex.: formas humanizadas)....


-izar | suf.

Indica acção, estado ou processo que implica, geralmente, uma mudança ou efeito na formação de verbos da primeira conjugação (ex.: civilizar; humanizar; socializar; suavizar)....


Acto ou efeito de singularizar (ex.: reconhecida capacidade de humanização e de singularização dos indivíduos)....


humanizador | adj. n. m.

Que ou o que torna humano; que humaniza....


desumanar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se desumano; tirar ou perder o carácter humano....


desumanizar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se desumano; tirar ou perder o carácter humano....


humanar | v. tr. e pron.

Tornar(-se) humano....


humanizar | v. tr. e pron. | v. tr.

Tornar(-se) humano; dar ou ganhar atributos humanos (ex.: com o decorrer da narrativa, o autor procura humanizar o anti-herói; nas fábulas, os animais humanizam-se)....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correto pronunciar o -x- da palavra sexta-feira, ou será se[s]ta-feira?
A palavra sexta-feira tem pronúncias diferentes no português europeu e no português do Brasil. Assim, no português europeu, o -x- de sexta é geralmente pronunciado como o -ch- de chá); no português do Brasil, a pronúncia mais usual desse -x- é como o s- de saco.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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