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espadim

faim | n. m.

Ferro agudo de lança e de outras armas....


espadim | n. m.

Espada curta e estreita de aparato....


-im | suf.

Indica diminutivo, geralmente na formação de nomes masculinos (ex.: caixotim; espadim; janelim)....



Dúvidas linguísticas


Gostaria que me explicassem se a palavra secados (plural de secado) existe. Se a resposta for sim, porque não a encontro em nenhum dicionário?
O verbo secar tem duplo particípio passado: secado e seco. Nos verbos em que este fenómeno acontece, o particípio regular (ex.: secado) é geralmente usado com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular (ex.: seco, seca, secos, secas) são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento) e assumem mais facilmente o papel adjectival (ex.: este bolo ficou demasiado seco). Por este motivo, é usual não haver flexão do particípio regular, pois este não é geralmente usado como adjectivo, não flexionando em género, número ou grau (ex.: *secada, *secados, *secadas; *muito secado; o asterisco indica agramaticalidade).

Estas considerações, tomadas da gramática tradicional, têm no entanto muitas excepções, o que evidencia a problemática da questão e a ausência de respostas peremptórias para certas questões linguísticas. A título de exemplo, podemos referir que há verbos cujo particípio abundante não é consensual (com resoluto e resolvido, por exemplo, não é claro se o primeiro é particípio irregular de resolver ou adjectivo cognato; relativamente ao verbo ganhar não é unânime a existência do particípio ganhado a par de ganho); há verbos cujo particípio regular, ao contrário de secado, também tem uso adjectival (ex.: confundido, empregado); há até indicações de alguns gramáticos para diferenças de utilização dos dois particípios baseadas em critérios semânticos e não sintácticos (por exemplo, Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




Tenho ouvido pronunciar a palavra taquicardia de duas maneiras diferentes e há muito que tenho esta dúvida. Como a devo pronunciar? Acentuando a última sílaba -ía, ou a penúltima -árdia?
A palavra taquicardia é uma palavra grave, isto é, tem o acento de intensidade na pronúncia da penúltima sílaba -di- (-a é a última sílaba), preconizado pelo étimo grego kardía (“coração”). Não havendo um acento gráfico que indique o contrário ou outro contexto que justifique acentuação de intensidade diferente, a palavra segue a regra de acentuação mais geral em português que torna grave a esmagadora maioria das palavras. A pronúncia desta palavra com acento de intensidade na antepenúltima sílaba (-car-) é incorrecta e desaconselhada; se esta palavra fosse esdrúxula, teria de apresentar acento gráfico (*taquicárdia; o asterisco indica incorrecção ortográfica), como todas as palavras esdrúxulas do português (ex.: fábrica, férreo, ínsula, vómito, súbdito).

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