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desbotar

desmaiado | adj.

Que não tem cor ou perdeu a cor....


De um verde desbotado ou muito claro....


murcho | adj.

Que murchou....


pangaré | adj. 2 g. | n. m.

Diz-se do cavalo ou muar que tem a parte inferior do ventre e as regiões entre os membros, a garganta e o focinho esbranquiçados, como que desbotados....


esgazeado | adj.

Que perdeu a cor ou não tem cor viva (ex.: verde esgazeado)....


destinto | adj. | n. m.

Que perdeu ou a que se tirou a tinta; sem tinta....


destingido | adj.

Que perdeu ou a que se tirou a tinta; sem tinta....


amarelar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e intr. | v. intr.

Tornar(-se) amarelo (ex.: à noite, a luz do candeeiro amarelava os prédios; as folhas das árvores amarelaram; gradualmente, a borracha amarelou-se com o sol)....


botar | v. tr. e intr.

Tirar ou perder a cor ou a vivacidade....


cegar | v. tr. e intr. | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e pron. | v. tr.

Tirar ou perder a visão; tornar ou ficar cego (ex.: foi um acidente que o cegou; com a evolução da diabetes, acabou por cegar)....


delir | v. tr. e pron. | v. tr.

Dissolver ou dissolver-se (num líquido)....


desbotar | v. tr. e intr.

Tirar ou perder a cor....



Dúvidas linguísticas



A frase Oh mãe, venha cá depressa! está incorrecta?
Como poderá constatar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a interjeição oh é usada para exprimir alegria, espanto, dor, repugnância ou para reforçar outro tipo de sentimento, pelo que, na frase que refere, o uso dessa interjeição não é adequado. Nestes casos, deverá ser usado o determinante apelativo ó, que antecede geralmente substantivos, pronomes pessoais ou possessivos e funciona com valor de vocativo, pois introduz interpelações ou chamamentos. Assim, a frase correcta será: Ó mãe, venha cá depressa!



Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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