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cima

caroupo | adj.

Diz-se do boi que tem as pontas viradas para cima e para o lado....


decotado | adj.

Cortado ou aparado por cima e em toda a volta....


decumbente | adj. 2 g.

Que está inclinado ou voltado para o solo, por onde se prolonga, mantendo a ponta virada para cima (ex.: caule decumbente)....


enfestado | adj.

Voltado para cima; empinado....


equestre | adj. 2 g.

Que se faz a cavalo ou em cima de cavalos....


epi- | pref.

Exprime a noção de sobre, depois, por (ex.: epicutâneo)....


Que se insere por cima do orifício do cálice....


iminente | adj. 2 g.

Que está mesmo por cima ou quase por cima....


Que tem voltado para cima o que devia estar voltado para baixo....


ressupino | adj.

Deitado com as costas no chão; voltado com a face ventral para cima....


Diz-se do terreno situado por cima do calcário jurássico....


suso | adv.

Acima ou anteriormente....


súpero | adj.

Superior, que está de cima....


supra | adv.

Usa-se para indicar parte de texto anterior ou precedente (ex.: veja texto supra)....




Dúvidas linguísticas



Está correcto escrever a expressão rés-vés desta forma?
A forma registada nos dicionários e vocabulários de língua portuguesa, incluindo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, é resvés e não rés-vés, pelo que deverá dar preferência à forma não hifenizada. A origem desta palavra é incerta, mas estará provavelmente relacionada com o adjectivo rés.



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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