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bisbilhotareis

bisbilhoteiro | adj. n. m. | adj.

Que ou o que gosta de bisbilhotar....


bisbilhotar | v. intr.

Procurar ou comentar factos privados da vida de outros....


calhandrar | v. intr.

Falar sobre a vida alheia, geralmente fazendo intrigas ou divulgando boatos....


cascavilhar | v. tr. | v. tr. e intr.

Remexer para tentar encontrar algo....


cheiricar | v. tr. e intr.

Cheirar repetidamente e em várias direcções (ex.: o cão entrou disparado, cheiricando os vários cantos do armazém)....


cuscar | v. tr. e intr.

Intrometer-se de forma mais ou menos indiscreta para satisfazer a curiosidade....


esbilhotar | v. intr.

O mesmo que bisbilhotar....


fofocar | v. tr. e intr.

Fazer fofocas....


fossar | v. tr.

Abrir fossas ou fossos em....


xeretar | v. tr. e intr.

Intrometer-se, bisbilhotar....


zarelhar | v. intr.

Intrometer-se em tudo; fazer intrigas....


zongolar | v. tr.

Ver ou ouvir dissimuladamente, para obter informações e contar a outros....


metido | adj. n. m.

Que ou quem se intromete no que não lhe diz respeito....


coscuvilhar | v. tr. e intr. | v. intr.

Falar sobre a vida alheia, geralmente fazendo intrigas ou divulgando boatos....




Dúvidas linguísticas



Descomentar: no FLiP existe a conjugação do verbo mas pelo que pesquisei na net e dicionários esta palavra não existe em Português. Penso que só é usada em termos informáticos e no Brasil. Qual será o seu significado?
O verbo descomentar não se encontra registado em nenhum dicionário de língua portuguesa à nossa disposição, mas uma pesquisa na Internet revela que é usado tanto em sites portugueses como em sites brasileiros. Nenhum dicionário consegue registar exaustivamente o léxico de uma língua, nomeadamente no que diz respeito a neologismos, dada a grande produtividade da língua, especialmente pela aposição de afixos a palavras já existentes. A palavra encontra-se bem formada, resultando da aposição do prefixo des- ao verbo comentar, e significa “retirar o carácter de comentário a” (ex.: o programador descomentou algumas linhas do código do programa).



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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