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bagacito

alvergue | n. m.

Tanque do lagar em que se apura o azeite que solta o bagaço....


escotilha | n. f.

Alçapão que serve de entrada para os porões e cobertas do navio....


troça | n. f.

Acto ou efeito de troçar....


cardaço | n. m.

Resíduo das uvas, depois de pisadas e de extraído o vinho....


comboia | n. f.

Cesto grande, com varais, para transporte de bagaço nos engenhos de bangué....


cadraço | n. m.

Resíduo das uvas, depois de pisadas e de extraído o vinho....


cincho | n. m.

Molde onde se aperta o queijo....


gravela | n. f.

Bagaço seco da uva....


vinhaço | n. m.

Balsa ou pé, bagaço de uvas que contém ainda muito vinho....


bagaceiro | n. m. | adj.

Aquele que remove o bagaço....


brulho | n. m.

Bagaço de azeitona....


burusso | n. m.

Resíduo de frutos espremidos....


travia | n. f.

Massa de farelo e bagaço para os porcos....


fúsel | adj. n. m.

Diz-se de ou óleo que é produzido a partir da fermentação alcoólica e tem usos industriais (ex.: o bagaço e o óleo fúsel são subprodutos da cana-de-açúcar; estimaram a produção de 2,5 litros de fúsel por cada 1000 litros de álcool)....


bagacina | n. f.

Conjunto de fragmentos sólidos de rocha basáltica, geralmente de tamanho entre 0,5 e 5 centímetros, resultantes de projecções de lava (ex.: chão de bagacina; extracção de bagacina)....


lia | n. f.

Resíduo sólido ou pastoso de um líquido acumulado no fundo de um recipiente....


empesar | v. tr.

Espremer o bagaço (das uvas) para lhe extrair o vinho....



Dúvidas linguísticas



Relativamente às entradas e co- do dicionário, tenho duas dúvidas que gostaria me pudessem esclarecer:
1.ª Em que base do Acordo Ortográfico de 1990 se especifica que as contrações deixam de levar acento grave?
2.ª Se co- leva hífen antes de h, por que motivo é coabitação e não pode ser coerdeiro? Adicionalmente, creio que no Acordo Ortográfico de 1990 se estabelece que co é exceção, e não leva hífen antes de o.
Para maior clareza na nossa resposta às suas questões, mantivemos a sua numeração original:

1. Com o Acordo Ortográfico de 1990, o uso do acento grave em algumas contracções ficou mais restringido.
A Base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945, que regia a ortografia portuguesa antes de o Acordo de 1990 entrar em vigor, admitia o acento grave na contracção da preposição a com o artigo definido ou pronome demonstrativo o (e suas flexões) e ainda “em contracções idênticas em que o primeiro elemento é uma palavra inflexiva acabada em a”. É neste contexto que se inseria o acento grave em contracções como prò (de pra, redução de para + o) ou (de ca, conjunção arcaica + o). Segundo o Acordo de 1990 (cf. Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

2. O prefixo co- deverá, como refere, ser seguido de hífen antes de palavra começada por h (cf. Base XVI, 1.º, a), como em co-herdeiro. A justificação para a ausência de hífen em coabitar, coabitação e derivados é o facto de estas palavras, segundo a informação etimológica à nossa disposição, derivarem directamente do latim e não se terem formado no português.

Relativamente à sua última afirmação, de facto, o prefixo co- constitui uma excepção à regra que preconiza o uso do hífen quando o segundo elemento começa pela mesma vogal em que termina o primeiro (cf. Base XVI, 1.º, b); Obs.); isto é, o prefixo co- não será seguido de hífen mesmo se o elemento seguintes começar por o (ex.: coobrigar, ao contrário de micro-ondas).




Como se lê/escreve a palavra x-acto com o novo acordo ortográfico?

A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.

Outra grafia para designar o mesmo objecto é xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf. Base IV do Acordo Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.

Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto), o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.

Outros casos de palavras que sofreram o mesmo processo incluem, por exemplo, chiclete, fórmica, gilete, jipe, lambreta, licra, óscar, pírex, polaróide, rímel, tartã ou vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.



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