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açambarcavas

trust | n. m.

Sindicato de especuladores instituído com o fim de determinar a alta do preço de um valor ou de uma mercadoria, açambarcando-os....


monopólio | n. m.

Privilégio que dá o direito de uma indústria, de uma actividade ou do comércio de um artigo ou serviço a apenas uma entidade ou a uma pessoa (ex.: o novo canal rompeu com o monopólio da televisão estatal)....


abarcar | v. tr.

Apertar de encontro ao peito, quanto os braços e as mãos podem cingir....


acaparar | v. tr.

Açambarcar ou monopolizar um bem ou produto....


atracar | v. tr. | v. pron.

Chegar (o barco) ao sítio onde deve ficar encostado e amarrar....


estancar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. | v. intr. e pron.

Impedir ou deixar de correr, de fluir ou de manar, geralmente um líquido (ex.: estancar a hemorragia; o sangue estancou)....


monopolizar | v. tr. | v. tr. e intr.

Fazer monopólio de....


açambarcar | v. tr.

Reter tudo ou quase tudo para si....


abarcamento | n. m.

Acto ou efeito de abarcar; açambarcamento....


sambarcar | v. tr.

Fechar com sambarca as portas dos falidos ou de casas penhoradas....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




As expressões ter a ver com e ter que ver com são ambas admissíveis ou só uma delas é correcta?
As duas expressões citadas são semanticamente equivalentes.

Alguns puristas da língua têm considerado como galicismo a expressão ter a ver com, desaconselhando o seu uso. No entanto, este argumento apresenta-se frágil (como a maioria dos que condenam determinada forma ou expressão apenas por sofrer influência de uma outra língua), na medida em que a estrutura da locução ter que ver com possui uma estrutura menos canónica em termos das classes gramaticais que a compõem, pois o que surge na posição que corresponde habitualmente à de uma preposição em construções perifrásticas verbais (por favor, consulte também sobre este assunto a dúvida ter de/ter que).


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