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arfará

tefe-tefe | n. m. | adv.

O arfar do peito....


soluço | n. m.

Contracção espasmódica do diafragma acompanhada de um ruído particular, produzido pela passagem do ar na glote....


afocinhar | v. tr. | v. intr.

Acometer com o focinho....


arfar | v. intr.

Baloiçar....


caturrar | v. intr.

Discutir como caturra....


respirar | v. intr. | v. tr. | v. tr. e intr. | n. m.

Aspirar e expelir consecutivamente o ar por meio dos pulmões....


soluçar | v. intr. | v. tr. | n. m.

Soltar soluços; chorar, acompanhando o choro com soluços....


zimbrar | v. tr. | v. intr.

Açoitar, zurzir, fustigar....


arfadura | n. f.

O mesmo que arfada....


arfada | n. f.

Acto ou efeito de arfar....


arfagem | n. f.

Acto ou efeito de arfar....


arquejar | v. intr.

Respirar a custo....


ressolhar | v. intr.

Sofrer nos olhos as consequências do sol forte....



Dúvidas linguísticas



O particípio passado de imprimir é imprimido?! Que aconteceu ao impresso?!
De facto, impresso também é particípio passado de imprimir, pois este é um verbo que admite mais de um particípio passado, empregando-se geralmente esta forma com os auxiliares ser ou estar e a forma imprimido com os auxiliares ter ou haver.

Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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