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apanhem

boca | interj.

Voz com que se chamam cães, especialmente para comerem ou apanharem qualquer objecto com a boca....


dessovado | adj.

Que não tem apanhado sova; que está folgado (animal)....


ensoado | adj.

Murcho (pelo calor ou pelo vento suão); flácido....


fisgado | adj.

Apanhado com fisga....


filhadouro | adj.

Que se pode apanhar, que já está sazonado (falando-se de frutos)....


sangado | adj.

Apanhado na sanga (peixe)....


surpreso | adj.

Apanhado em flagrante....


pirado | adj.

Que endoideceu....


Virgílio dizia haver tirado algumas pérolas do esterco de Énio, para se desculpar de lhe haver apanhado alguns dos seus melhores versos....


abraçadeira | n. f.

Chapa de ferro para reforçar vigas ou paredes....


armelo | n. m.

Armadilha para apanhar pássaros....


argaceiro | n. m.

Homem que se emprega na apanha do argaço....


cãibo | n. m.

Vara com que se apanha fruta....


chanço | n. m.

Pau curvo que faz parte de uma armadilha de apanhar pássaros....


escabicheira | n. f.

Mulher que se emprega em apanhar as algas que o mar arroja à praia....



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.


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