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-cracia

-cracia | elem. de comp.

Exprime a noção de governo, poder, força (ex.: meritocracia)....


Predomínio dos pedantes no governo da nação....


ponocracia | n. f.

Forma de governo ou de poder em que prevalecem os trabalhadores....


oligocracia | n. f.

Aristocracia reles ou pouco numerosa....


monocracia | n. f.

Monarquia que abrange várias nações....


etocracia | n. f.

Forma de governo fundada na moral....


papelocracia | n. f.

Sistema ou regime que exige muita papelada....


pornocracia | n. f.

Influência das cortesãs no governo da nação....


meritocracia | n. f.

Forma de liderança que se baseia no mérito, nas capacidades e nas realizações alcançadas, em detrimento da posição social....


Preponderância de um ou mais partidos políticos no governo ou no poder....


Poder dos escravocratas ou de quem é partidário de um sistema que defende a escravatura....


bancocracia | n. f.

Influência dos banqueiros na política e na economia....


cafeocracia | n. f.

Classe poderosa dos proprietários de grandes cafezais....


falocracia | n. f.

Preponderância ou domínio dos homens sobre as mulheres....


Forma de governo ou de poder em que prevalecem os indivíduos com piores qualidades....



Dúvidas linguísticas



O particípio passado de imprimir é imprimido?! Que aconteceu ao impresso?!
De facto, impresso também é particípio passado de imprimir, pois este é um verbo que admite mais de um particípio passado, empregando-se geralmente esta forma com os auxiliares ser ou estar e a forma imprimido com os auxiliares ter ou haver.

Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).

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