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ligarem

A forma ligarempode ser [terceira pessoa plural do futuro do conjuntivo de ligarligar] ou [terceira pessoa plural infinitivo flexionado de ligarligar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
ligarligar
( li·gar

li·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer uma coisa chegar a alcançar outra coisa; fazer a união de algo que está separado (ex.: o Canal da Mancha liga a Grã-Bretanha ao continente). = REUNIR, UNIRSEPARAR

2. Apertar com ligadura, atilho ou afim (ex.: ligaram as mãos e os pés dos reféns). = ATAR, ENLAÇAR, LIGAR, PRENDERDESATAR, DESLIGAR, DESPRENDER, SEPARAR

3. Fazer a mistura homogénea de (ex.: mexer para ligar todos os ingredientes). = EMULSIONAR, MISTURAR

4. Estabelecer relação lógica ou de dependência (ex.: as conjunções ligam partes do discurso). = ASSOCIAR, RELACIONARDESLIGAR, DISSOCIAR

5. Dar importância a (ex.: eles não ligam ao futebol).DESLIGAR

6. Dar atenção a (ex.: a cadela liga pouco aos cachorrinhos).DESLIGAR

7. Dar conexão a. = ENCADEAR

8. Fazer uma chamada por telefone (ex.: ainda não liguei ao aniversariante). = TELEFONAR


verbo transitivo e pronominal

9. Pôr ou ficar um aparelho, dispositivo ou mecanismo em funcionamento (ex.: tem de ligar o microfone; a luz liga-se automaticamente).APAGAR, DESLIGAR


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

10. Pôr ou estar em harmonia ou numa combinação adequada (ex.: o vinho escolhido liga muito bem com o prato; os sabores ligam-se bem; estas cores não ligam). = COMBINAR

11. Fazer liga de metais (ex.: ligar ouro e prata; estes metais não ligam; cobre e estanho ligam-se para fazer o bronze).


verbo pronominal

12. Fazer aliança ou coligação. = ALIAR-SE, COLIGAR-SEDESALIAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim ligo, -are.

ligaremligarem

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.