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frontal

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frontalfrontal
( fron·tal

fron·tal

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Da fronte ou testa (ex.: zona frontal).

2. Relativo à parte da frente de algo (ex.: choque frontal, parte frontal).

3. Que mostra franqueza ou sinceridade (ex.: comentário frontal). = DIRECTO, FRANCO, SINCERO


nome masculino

4. Parte da cabeçada que circunda a testa do animal. = TESTEIRA

5. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Ornato arquitectónico, em forma de frontão, por cima de portas ou janelas.

6. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Taipa de tabique.

7. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Parapeito de baluarte.

8. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Fachada principal de um edifício. = FRONTARIA

9. [Religião] [Religião] Pano com que os judeus cobrem a cabeça na sinagoga.

10. [Religião católica] [Religião católica] Pano usado na cabeça pelas religiosas que usam hábito.

11. [Religião católica] [Religião católica] Frente de altar.

12. [Religião católica] [Religião católica] Paramento que cobre a frente do altar. = FRONTALEIRA


adjectivo de dois géneros e nome masculinoadjetivo de dois géneros e nome masculino

13. [Anatomia] [Anatomia] Diz-se de ou osso correspondente à testa e à parte superior e anterior da cabeça. = CORONAL

etimologiaOrigem etimológica: fronte + -al.
vistoPlural: frontais.
iconPlural: frontais.
frontalfrontal

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Dúvidas linguísticas



Vi hoje na TV (RTP 1 - Falar bem português) que maçapão se escreve com ç e não com ss. No vosso dicionário on-line aparece com o mesmo significado escrito das duas maneiras. Está correcto ou a RTP 1 está errada?
Os dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário Houaiss ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, registam ambas as variantes gráficas (massapão e maçapão). No entanto, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a variante maçapão deve ser preferível à variante massapão, porque se trata de palavra com origem no castelhano mazapán, que por sua vez derivaria do árabe, o que prescreveria a grafia com ç e não com s duplo.



Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.