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fantástico

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fantásticofantástico
( fan·tás·ti·co

fan·tás·ti·co

)


adjectivoadjetivo

1. Que não tem realidade e só existe na imaginação (ex.: criaturas fantásticas; ser fantástico). = FANTASIOSO, IMAGINÁRIO, IRREAL, QUIMÉRICOREAL, VERDADEIRO

2. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Que pertence à fantasia; que contém elementos irreais ou sobrenaturais (ex.: literatura fantástica; ciclo de cinema fantástico). = FANTASIOSO

3. Que causa admiração ou espanto pela qualidade, pela beleza, pelo valor (ex.: condições fantásticas; experiência fantástica; desempenho fantástico; momentos fantásticos). = ADMIRÁVEL, ESPANTOSO, ESPLÊNDIDO, EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, INACREDITÁVEL, INCRÍVEL, MAGNÍFICO, NOTÁVELBANAL, COMUM, ORDINÁRIO, VULGAR

4. Caprichoso, exótico, extravagante.

5. Que é aparente ou simulado (ex.: especulações fantásticas; argumento absurdo e fantástico). = FANTASIOSO, FICTÍCIO, INVENTADO

6. Jactancioso, blasonador.


nome masculino

7. O que só existe na imaginação (ex.: o fantástico está muito presente na infância).REAL

8. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Género artístico que incorpora elementos de fantasia, sobrenaturais ou irreais, à realidade (ex.: autor de culto do domínio do fantástico; o fantástico no cinema de animação).

etimologiaOrigem etimológica:latim phantasticus, -a, -um, do grego fantastikós, -ê, -ón, capaz de criar imagens.

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Dúvidas linguísticas



A utilização da expressão à séria nunca foi tão utilizada. Quanto a mim esta expressão não faz qualquer sentido. Porque não utiliz am a expressão a sério?
A locução à séria segue a construção de outras tantas que são comuns na nossa língua (junção da contracção à com uma substantivação feminina de um adjectivo, formando locuções com valor adverbial): à antiga, à portuguesa, à muda, à moderna, à ligeira, à larga, à justa, à doida, etc.

Assim, a co-ocorrência de ambas as locuções pode ser pacífica, partindo do princípio que à séria se usará num contexto mais informal que a sério, que continua a ser a única das duas que se encontra dicionarizada. Bastará fazer uma pesquisa num motor de busca na internet para se aferir que à séria é comummente utilizada em textos de carácter mais informal ou cujo destinatário é um público jovem; a sério continua a ser a que apresenta mais ocorrências (num rácio de 566 para 31800!).




Pretendo saber como se lê a palavra ridículo. Há quem diga que se lê da forma que se escreve e há quem diga que se lê redículo. Assim como as palavras ministro e vizinho, onde também tenho a mesma dúvida.
A dissimilação, fenómeno fonético que torna diferentes dois ou mais segmentos fonéticos iguais ou semelhantes, é muito frequente em português europeu.

O caso da pronúncia do primeiro i não como o habitual [i] mas como [i] (idêntico à pronúncia de se ou de) na palavra ridículo é apenas um exemplo de dissimilação entre dois sons [i].

O mesmo fenómeno pode acontecer nos casos de civil, esquisito, feminino, Filipe, imbecilidade, medicina, militar, milímetro, ministro, príncipe, sacrifício, santificado, Virgílio, visita, vizinho (o segmento destacado é o que pode sofrer dissimilação), onde se pode verificar que a modificação nunca ocorre na vogal da sílaba tónica ou com acento secundário, mas nas vogais de sílabas átonas que sofrem enfraquecimento.

A este respeito, convém referir que alguns dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora, 2004), apresentam transcrição fonética das palavras. Podemos verificar que nestas obras de referência, a transcrição não é uniforme. No dicionário da Academia das Ciências, estas palavras são transcritas de forma quase sistemática sem dissimilação, mas a palavra príncipe é transcrita como prínc[i]pe. No dicionário da Porto editora, algumas destas palavras são transcritas com e sem dissimilação, por esta ordem, como em feminino, medicina, militar, ministro ou vizinho, mas a palavra esquisito é transcrita com a forma sem dissimilação em primeiro lugar, enquanto as palavras civil, príncipe, sacrifício e visita são transcritas apenas sem dissimilação.

Em conclusão, nestes contextos, é possível encontrar no português europeu as duas pronúncias, com e sem dissimilação, sendo que em alguns casos parece mais rara e noutros não. A pronúncia destas e de outras palavras não obedece a critérios de correcção, pois não se trata de uma pronúncia correcta ou incorrecta, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto ou o sociolecto do falante. Assim, nos exemplos acima apresentados é igualmente correcta a pronúncia dos segmentos assinalados como [i] ou [i].