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enxerto

A forma enxertopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de enxertarenxertar] ou [nome masculino].

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enxertoenxerto
|ê| |ê|
( en·xer·to

en·xer·to

)


nome masculino

1. [Botânica] [Botânica] Operação através da qual se introduz uma parte de um vegetal no tronco ou ramo de outro vegetal para nele se desenvolver.

2. [Agricultura] [Agricultura] Parte da planta que se introduz noutra, por exemplo borbulha, garfo ou lançamento.

3. [Agricultura] [Agricultura] Planta que recebeu parte de outra planta que nela se vai desenvolver; planta enxertada.

4. [Cirurgia] [Cirurgia] Operação que consiste na transferência de um tecido, órgão ou parte dele para outra parte do corpo do mesmo indivíduo ou para outro indivíduo (ex.: enxerto capilar). = TRANSPLANTE

5. [Cirurgia] [Cirurgia] Fragmento de tecido ou órgão que se enxerta. = TRANSPLANTE

6. [Figurado] [Figurado] Coisa que se juntou a outra para um fim qualquer.

7. [Figurado] [Figurado] Pessoa sem préstimo ou importuna.

8. [Portugal: Algarve] [Portugal: Algarve] Indivíduo mal vestido ou com má apresentação.

9. [Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Sova, pancada (ex.: ameaçou dar-lhe um enxerto se ele não fosse embora).

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de enxertar.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:enxertia.
enxertarenxertar
( en·xer·tar

en·xer·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer enxerto em.

2. [Figurado] [Figurado] Introduzir, inserir.

3. Admitir numa corporação ou grémio (pessoa que não tem os títulos ou as aptidões necessárias).

4. [Cirurgia] [Cirurgia] Transferir tecido, órgão ou parte dele para outra parte do corpo do mesmo indivíduo ou para outro indivíduo.

etimologiaOrigem etimológica:latim inserto, -are, inserir, introduzir.
Confrontar: encertar.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).




Pretendo saber como se lê a palavra ridículo. Há quem diga que se lê da forma que se escreve e há quem diga que se lê redículo. Assim como as palavras ministro e vizinho, onde também tenho a mesma dúvida.
A dissimilação, fenómeno fonético que torna diferentes dois ou mais segmentos fonéticos iguais ou semelhantes, é muito frequente em português europeu.

O caso da pronúncia do primeiro i não como o habitual [i] mas como [i] (idêntico à pronúncia de se ou de) na palavra ridículo é apenas um exemplo de dissimilação entre dois sons [i].

O mesmo fenómeno pode acontecer nos casos de civil, esquisito, feminino, Filipe, imbecilidade, medicina, militar, milímetro, ministro, príncipe, sacrifício, santificado, Virgílio, visita, vizinho (o segmento destacado é o que pode sofrer dissimilação), onde se pode verificar que a modificação nunca ocorre na vogal da sílaba tónica ou com acento secundário, mas nas vogais de sílabas átonas que sofrem enfraquecimento.

A este respeito, convém referir que alguns dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora, 2004), apresentam transcrição fonética das palavras. Podemos verificar que nestas obras de referência, a transcrição não é uniforme. No dicionário da Academia das Ciências, estas palavras são transcritas de forma quase sistemática sem dissimilação, mas a palavra príncipe é transcrita como prínc[i]pe. No dicionário da Porto editora, algumas destas palavras são transcritas com e sem dissimilação, por esta ordem, como em feminino, medicina, militar, ministro ou vizinho, mas a palavra esquisito é transcrita com a forma sem dissimilação em primeiro lugar, enquanto as palavras civil, príncipe, sacrifício e visita são transcritas apenas sem dissimilação.

Em conclusão, nestes contextos, é possível encontrar no português europeu as duas pronúncias, com e sem dissimilação, sendo que em alguns casos parece mais rara e noutros não. A pronúncia destas e de outras palavras não obedece a critérios de correcção, pois não se trata de uma pronúncia correcta ou incorrecta, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto ou o sociolecto do falante. Assim, nos exemplos acima apresentados é igualmente correcta a pronúncia dos segmentos assinalados como [i] ou [i].