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enchouriçarem

A forma enchouriçarempode ser [terceira pessoa plural do futuro do conjuntivo de enchouriçarenchouriçar] ou [terceira pessoa plural infinitivo flexionado de enchouriçarenchouriçar].

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enchouriçarenchouriçar
( en·chou·ri·çar

en·chou·ri·çar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Dar ou tomar a forma de chouriço a.

2. Tonar ou ficar grosso ou inchado. = ENGROSSAR

3. Deixar ou ficar zangado ou amuado.

4. Vestir peças de roupa, umas por cima das outras.


verbo transitivo

5. Encher chouriços, alheiras ou outros enchidos.


verbo pronominal

6. Ficar com o lombo arqueado e o pêlo levantado, para se defender ou atacar (ex.: os gatos enchouriçaram-se). = ENCRESPAR-SE, ERIÇAR-SE, OURIÇAR-SE

7. Encher-se de vaidade ou de orgulho. = ENFATUAR-SE, ENVAIDECER-SE

8. Engrilar-se.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: ENCHOIRIÇAR

etimologiaOrigem etimológica:en- + chouriço + -ar.


Dúvidas linguísticas



Gostaria que me informassem se a palavra sedeado existe. Esta palavra é normalmente utilizada de forma generalizada, com o seguinte significado: "com sede em". Uma vez que não consigo encontrar esta palavra em nenhum dicionário ou prontuário, gostaria apenas de saber se ela existe na língua portuguesa.
A forma correcta da palavra que procura com o significado "que tem sede em" é sediado e não sedeado. Esta existe, mas tem um outro significado, como poderá constatar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa na entrada sedear.

Ambas as formas (sediar e sedear) se encontram registadas em vários dicionários de língua portuguesa.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).