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dor-de-cotovelo

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dordor
|ô| |ô|


nome feminino

1. Sensação mais ou menos aguda, mas que incomoda. = MAL, PADECIMENTO, SOFRIMENTOBEM-ESTAR, PRAZER

2. Sensação emocional ou psicológica que causa sofrimento. = DESGOSTO, MÁGOA, PESAR

dores


nome feminino plural

3. Conjunto de sensações físicas dolorosas, geralmente intermitentes (ex.: dores de barriga).

4. As dores do parto.


dor de barriga

Dor aguda abdominal; cólica intestinal. = ENTERALGIA, ENTERODINIA

Sensação de dor ou desconforto abdominal causado por ansiedade, medo, tensão, nervosismo ou tensão.

dor de burro

Dor abdominal, temporária e isolada, geralmente lateral, relacionada com a marcha ou com o exercício físico.

dor de cabeça

Sensação dolorosa na região da cabeça, que pode ter características muito diferentes de pessoa para pessoa, podendo estar associada a outras perturbações.

[Figurado] [Figurado] Problema ou preocupação (ex.: o relatório é mais uma dor de cabeça).

dor de corno

[Informal] [Informal] Mágoa causada por traição amorosa ou conjugal.

[Informal] [Informal] O mesmo que dor de cotovelo.

dor de cotovelo

[Informal] [Informal] Ciúme ou inveja.

dor de rins

Dor na região lombar. = LOMBALGIA

etimologiaOrigem etimológica:latim dolor, -oris.

dor-de-cotovelodor-de-cotovelo

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.