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disposto

A forma dispostopode ser [masculino singular particípio passado de dispordispor], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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dispostodisposto
|pô| |pô|
( dis·pos·to

dis·pos·to

)


adjectivoadjetivo

1. Pronto; preparado; apto; capaz; propenso; sujeito.

2. De boa presença.


nome masculino

3. Ordenado, determinado.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de dispor.

vistoPlural: dispostos |ó|.
iconPlural: dispostos |ó|.
dispordispor
|ô| |ô|
( dis·por

dis·por

)
Conjugação:irregular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo

1. Pôr por ordem.

2. Pôr em ordem.

3. Ordenar, mandar.

4. Resolver; preparar.

5. Plantar.


verbo intransitivo

6. Testar; ordenar em testamento.

7. Ter à sua disposição.

8. Ser o senhor.

9. Regular por lei ou ordem.

10. Prescrever o uso (que se há-de fazer de).

11. Servir-se, utilizar-se.

12. Deixar à disposição (de outrem).


verbo pronominal

13. Propor-se; resolver-se; resignar-se.


nome masculino

14. Disposição.

15. Talante, arbítrio.


ao dispor

Em situação ou estado para ser usado ou ser útil (ex.: material ao dispor dos clientes; estou ao seu dispor). = À DISPOSIÇÃO

dispor em

Dar a forma de (a alguma coisa); amoldar.

etimologiaOrigem etimológica:latim dispono, -ere, pôr em diferentes lugares.

dispostodisposto

Auxiliares de tradução

Traduzir "disposto" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.