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desconforme

A forma desconformepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de desconformardesconformar], [terceira pessoa singular do imperativo de desconformardesconformar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de desconformardesconformar] ou [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros].

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desconformedesconforme
|fó| |fó|
( des·con·for·me

des·con·for·me

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que não está em conformidade ou de acordo com (ex.: medidas desconformes com os valores constitucionais). = CONTRÁRIO, DISCORDANTE, DIVERSO, INCONFORME, OPOSTOCONFORME

2. Que não corresponde à proporção considerada normal. = DESPROPORCIONADO

3. Que é muito grande. = COLOSSAL, DESCOMUNAL, ENORME

etimologiaOrigem etimológica:des- + conforme.
desconformardesconformar
( des·con·for·mar

des·con·for·mar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Não ser conforme.

2. Discordar.

3. Diferir.

etimologiaOrigem etimológica:des- + conformar.


Dúvidas linguísticas


Morfologicamente, como classificamos a expressão "cerca de"?
A expressão cerca de é composta pelo (pouco usado) advérbio cerca seguido da preposição de, sequência (advérbio + preposição) que, segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 541) faz dela uma locução prepositiva, isto é, uma locução que tem a função de uma preposição. Esta locução é assim classificada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, um dos raros dicionários que classificam as locuções; no entanto, em alguns contextos, esta locução tem um comportamento que a aproxima mais de um advérbio do que de uma preposição (ex.: esperei cerca de 30 minutos = esperei aproximadamente 30 minutos), pelo que nestes casos, deveria ser considerada uma locução adverbial.



Gostaria de saber qual ou quais destas frases é que estão correctas a nível da colocação das vírgulas: A - O João prometeu que saía connosco e quando chegou o dia cumpriu o prometido. B - O João prometeu que saía connosco e , quando chegou o dia combinado cumpriu a promessa. C - O João prometeu que saía connosco e, quando chegou o dia combinado, cumpriu a promessa.
A vírgula funciona essencialmente como um marcador lógico e discursivo na frase (sobre este assunto, consulte também a resposta vírgula antes da conjunção e). Por este motivo é necessário, quando se reflecte sobre a pontuação, fazer uma explicitação de critérios lógicos e discursivos para a sua utilização.

Em cada uma das frases apresentadas, estamos perante quatro orações. Há uma estrutura de duas orações coordenadas através da conjunção e ([1]O João prometeu [2]e cumpriu o prometido/a promessa) e de cada uma dessas orações depende uma oração subordinada. Da oração [1] depende uma oração subordinada substantiva integrante ([1a]que saía connosco), que nunca será dela separada por vírgula, por se tratar de um complemento obrigatório do verbo (equivalente a O João prometeu a saída). Da oração [2] depende uma oração subordinada adverbial temporal ([2a]quando chegou o dia combinado) e é em relação a esta oração que se coloca o problema de pontuação.
Na frase A (O João prometeu que saía connosco e quando chegou o dia cumpriu o prometido.), verifica-se a ausência dos marcadores de pontuação que dão conta da estrutura frásica acima referida. Como aconselham algumas gramáticas (cf. CUNHA e CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 14.ª ed., Lisboa, Ed. Sá da Costa, 1998, p. 645), as orações subordinadas adverbiais devem surgir isoladas do resto da frase, separadas por vírgula se se encontrarem no início ou no final da frase e entre vírgulas se estiverem no interior de uma outra oração, como é o caso. A referida frase A não está incorrecta, mas a utilização da pontuação como marcador do discurso revela um maior cuidado na redacção e torna mais rápida a interpretação por parte de quem lê.
A colocação das vírgulas encontra-se incorrecta na frase B (O João prometeu que saía connosco e, quando chegou o dia combinado cumpriu a promessa). Nesta frase, a colocação da vírgula depois da conjunção e (sobre a colocação da vírgula neste contexto, poderá consultar também a resposta vírgula depois da conjunção e) não se justifica excepto se se destinar a isolar a oração subordinada quando chegou o dia combinado, que está a separar duas orações coordenadas [1]O João prometeu que saía connosco e [2]cumpriu a promessa. Nesse caso, a vírgula depois da conjunção e deverá ser acompanhada de uma vírgula no final dessa oração, como acontece na frase C, que está correctamente pontuada (O João prometeu que saía connosco e, quando chegou o dia combinado, cumpriu a promessa.).