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bramar

bramarbramar | v. intr.
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bra·mar bra·mar

- ConjugarConjugar

verbo intransitivo

1. Estar na brama.

2. [Figurado]   [Figurado]  Gritar.

3. Fazer estrondo; rugir.

4. Bramir.

5. Retumbar.

6. Ter cio (falando-se de veados e outros animais).

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Parecidas

Anagramas

Dúvidas linguísticas


Agradeço que esclareçam se as frases que se seguem estão correctas: 1 - Quem vai ao cinema é a Maria e o João. 2 - Quem vai ao cinema são a Maria e o João. Sempre pensei que a frase correcta fosse a segunda, tendo em conta que o sujeito está no plural e que o verbo deve concordar com o sujeito. No entanto, debati a questão com uma amiga e não conseguimos chegar a um consenso.
Considera-se mais correcta a frase Quem vai ao cinema são a Maria e o João.

A questão colocada diz respeito a uma frase que contém uma estrutura copulativa de identificação (equivalente a isto é aquilo [=Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João]). Esta estrutura constitui uma das construções de clivagem possíveis em português (sobre este assunto, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., 5.ª ed. Editorial Caminho, 2003, pp. 685 e seguintes), designada por construção pseudoclivada.

A frase em apreço (Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João) é equivalente, do ponto de vista semântico e informativo, à frase A Maria e o João vão ao cinema, havendo um constituinte que é posto em destaque através de uma oração subordinada relativa substantiva sem antecedente (Quem vai ao cinema). O pronome pessoal quem é um pronome de terceira pessoa do singular e obriga o verbo a concordar com ele dentro da oração subordinada - no caso em análise trata-se da forma do presente do indicativo (vai) do verbo ir (sobre quem como sujeito da oração, poderá consultar também as respostas sou eu quem e fui eu quem).

Toda a oração subordinada constitui por sua vez o predicativo do sujeito da oração subordinante, com uma inversão da ordem canónica da frase:
[Quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito [são/é]Verbo copulativo [a Maria e o João]Sujeito.
A identificação do sujeito e do predicativo do sujeito pode ser feita com a retoma do sujeito da frase A Maria e o João vão ao cinema e com a pronominalização do predicativo do sujeito através do pronome demonstrativo invariável o (ex.: A Maria e o João são-no; *Quem vai ao cinema é-o). Sobre os testes de identificação do sujeito e do predicativo do sujeito, poderá ainda consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., pp. 281-284 e pp. 290-292.

A ordem canónica da frase será então:
[A Maria e o João]Sujeito [são/é]Verbo copulativo [quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito.
Assim é possível verificar que a concordância verbal com o sujeito composto (a Maria e o João = eles) está correcta e é preferencial (Quem vai ao cinema são a Maria e o João), pois respeita a regra geral de concordância com sujeitos compostos, não havendo motivo para a concordância com o predicativo do sujeito (*A Maria e o João é quem vai ao cinema = Quem vai ao cinema é a Maria e o João).

A concordância dos verbos copulativos é problemática em português, motivo pelo qual a frase Quem vai ao cinema é a Maria e o João pode ser considerada gramatical, se se considerar que nesse caso o verbo concorda com o predicativo do sujeito em posição pós-verbal (sobre este assunto, pode consultar também a resposta verbo predicativo ser), mas dificilmente um falante poderá considerar gramatical a substituição do sujeito composto pelo pronome pessoal correspondente (*Quem vai ao cinema é eles).




O que é o ataque da sílaba referido na nova nomenclatura linguística portuguesa?
O ataque, a par da rima, é um constituinte da sílaba.

O ataque pode corresponder à parte inicial da sílaba, e é constituído por uma (ataque simples) ou mais consoantes fonéticas (ataque ramificado). Todos os sons consonânticos do português podem ocorrer num ataque simples (ex.: aro [ru], bê [‘be], carro [Ru], cedo [‘se], chá [‘1a], com [‘kõ], cunhada [‘Va], do [du], fá [‘fa], goma [‘go], já [‘[a], lho [Yu], luva [‘lu], má [má], nome [‘no], pá [‘pa], ti [‘ti], vê [‘ve], zê [‘ze]), excepto /l/ velar e /d/ e /g/ fricativos. Num ataque ramificado, a primeira posição pode ser ocupada pelos sons [p], [t], [k], [b], [d], [g], [f] e [v] e a segunda posição pode ser ocupada pelos sons [l] e [r] (ex.: prato ['pra], trigo ['tri], claro ['kla], braço [‘bra], Pedro [dru], glauco ['glaw], fluvial [flu], nevrite ['vri]). O ataque pode no entanto não estar preenchido (como nos exemplos água ['agwA], dia ['dia], onda ['õdA] ou unha [‘uVA], em que a sílaba destacada não tem ataque), sendo por isso considerado um constituinte não obrigatório da sílaba.

A rima tem de estar sempre preenchida, pelo que é considerada um constituinte obrigatório da sílaba. A rima pode ser constituída por um núcleo e por uma coda. O núcleo é obrigatório, e corresponde sempre a uma vogal (ex.: fado ['fadu], mal ['maÏ]) ou a um ditongo (ex.: mais ['maj1], põe [‘põj]). A coda está sempre à direita do núcleo e pode estar preenchida (ex.: mal ['maÏ]), mais ['maj1]) ou não (ex.: fado ['fadu], põe [‘põj]). Podem estar em posição de coda as consoantes [I], [r], [1] e [[] (ex.: alto ['aÏtu], parti [par'ti], cesto ['se1tu], mesmo [‘me[mu]).

A Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (2004, Ministério da Educação - Departamento do Ensino Secundário, versão 1.0) está disponível para descarregamento no sítio da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação e pode auxiliar a investigação imprescindível aos docentes e ajuda ao esclarecimento de dúvidas como aquela que agora nos colocou.

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Palavra do dia

fa·le·na |ê|fa·le·na |ê|


(grego fálaina, -as ou fállaina, -as, espécie de lagarta)
nome feminino

[Entomologia]   [Entomologia]  Designação dada a várias espécies de borboletas nocturnas da família dos geometrídeos.

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/bramar [consultado em 31-05-2023]