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bifito

A forma bifitoé [derivação masculino singular de bifebife].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
bifebife
( bi·fe

bi·fe

)
Imagem

CulináriaCulinária

Fatia de carne, geralmente grelhada ou frita (ex.: bife de vaca; bifes de peru).


nome masculino

1. [Culinária] [Culinária] Fatia de carne, geralmente grelhada ou frita (ex.: bife de vaca; bifes de peru).Imagem

2. [Informal, Por extensão] [Informal, Por extensão] Corte acidental ou inepto na pele (ex.: fazer um bife).

3. [Informal, Por extensão] [Informal, Por extensão] Partícula de pele que é cortada por acidente ou por inaptidão (ex.: é possível cortar cutículas sem arrancar bifes).

4. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Indivíduo britânico ou norte-americano ou que fala inglês. (Feminino: bifa.)


bife à Camões

[Brasil: São Paulo, Informal] [Brasil: São Paulo, Informal] [Culinária] [Culinária]  Bife frito ou grelhado servido com apenas um ovo estrelado por cima.

bife a cavalo

[Culinária] [Culinária]  O mesmo que bife com ovo a cavalo.

bife com ovo a cavalo

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] [Culinária] [Culinária]  Bife frito ou grelhado servido com ovo estrelado por cima.

bife de cabeça chata

[Informal] [Informal] Sardinha.

bife de caneca

[Cabo Verde] [Cabo Verde] Refeição ligeira composta geralmente por chá e pão ou bolachas.

bife sombrio

[Informal] [Informal] Isca de fígado.

bife raspado

[Culinária] [Culinária]  Preparado de carne picada e aglomerada, geralmente arredondado, que depois é frito ou grelhado. = HAMBÚRGUER

bife tártaro

[Culinária] [Culinária]  Preparado de carne crua e aglomerada, condimentado e servido cru, geralmente com uma gema de ovo também crua. = TÁRTARO

estar feito ao bife

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Estar em situação difícil; estar em apuros (ex.: se a gasolina acabar, estamos feitos ao bife).

etimologiaOrigem etimológica:inglês beef.


Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.