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bem-feito

A forma bem-feitopode ser[adjectivoadjetivo], [conjunção], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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feitofeito
( fei·to

fei·to

)


nome masculino

1. Obra.

2. Acto; acção.

3. Empresa, lance, façanha.

4. Propósito, fim.

5. Acabamento, feitio.

6. Ocupação, cuidado.

7. [Jogos] [Jogos] Jogador que declara o trunfo, no voltarete.

feitos


nome masculino plural

8. [Direito] [Direito] Autos.


adjectivoadjetivo

9. Formado, trabalhado, lavrado.

10. Crescido, adulto.

11. Maduro; chegado à sazão.

12. Resolvido, concluído, ultimado.

13. Acostumado, habituado.

14. Exercitado.

15. Afiado.

16. Disposto.


conjunção

17. [Brasil] [Brasil] Usa-se para ligar frases por subordinação e indica comparação (ex.: o ódio alastrou feito uma epidemia; soldados choravam feito crianças). = COMO, QUAL


andar feito com

O mesmo que estar feito com.

bem feito

Expressão com que alguém demonstra estar satisfeito com um facto (ex.: Perderam o avião? Bem feito!).

de feito

Com efeito; na verdade. = DE FACTO, EFECTIVAMENTE

estar feito com

Estar de conluio ou em combinação com alguém; ser cúmplice de (ex.: o empresário estava feito com os raptores).

mal feito

Expressão que denota desaprovação relativamente a um facto.

etimologiaOrigem etimológica:latim factum, -i, aquilo que se fez, façanha, proeza, acto.

bem-feitobenfeitobem-feitobenfeito
( bem·-fei·to ben·fei·to

bem·-fei·to

ben·fei·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que está ou foi feito com qualidade ou com perfeição (ex.: este trabalho está mais bem-feito que o anterior).

2. Que é agradável à vista ou é considerado elegante ou formoso (ex.: corpo bem-feito).

etimologiaOrigem etimológica:bem + feito.

iconPlural: bem-feitos.
iconeConfrontar: bem feito.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: benfeito.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: bem-feito.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:benfeito.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: bem-feito.
bem-feitobem-feito

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Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).