PT
BR
Pesquisar
Definições



areazinha

A forma areazinhaé [derivação feminino singular de áreaárea].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
áreaárea
( á·re·a

á·re·a

)


nome feminino

1. Extensão compreendida dentro de certos limites (ex.: área de construção; área de uma cidade). = SUPERFÍCIE

2. Zona que se distingue das demais pelas suas características específicas ou que está reservada para uma função específica (ex.: área comercial; área rural).

3. Campo em que se exerce certa actividade ou domínio do conhecimento (ex.: área cultural; área económica). = ESFERA, SECTOR

4. Zona de influência ou controlo (ex.: área dos políticos).

5. [Construção] [Construção] Espaço descoberto ou pátio na parte interna de um edifício.

6. [Desporto] [Esporte] Num campo, espaço delimitado a partir da linha da baliza.

7. [Geometria] [Geometria] Medida da superfície de uma figura geométrica.

8. [Astronomia] [Astronomia] Espaço que percorre em certo tempo o raio vector de um astro.


área de grande penalidade

[Futebol] [Futebol]  O mesmo que grande área.

área de paisagem protegida

O mesmo que área protegida.

área de serviço

Área comercial localizada junto a uma via rápida, dotada de serviços de abastecimento de combustível, restauração, zonas de descanso e, por vezes, alojamento. = ESTAÇÃO DE SERVIÇO

Zona de uma casa destinada aos serviços de limpeza, ao armazenamento de produtos ou ao alojamento de empregados.

área de trabalho

[Informática] [Informática]  Parte do interface gráfico de um sistema operativo onde se encontram ícones que representam pastas, ficheiros, programas ou atalhos para funcionalidades. = AMBIENTE DE TRABALHO

área de transferência

[Informática] [Informática]  Parte da memória usada para armazenamento temporário de dados, geralmente copiados ou cortados para serem inseridos noutra aplicação ou noutro local dentro da mesma aplicação.

área metropolitana

Zona urbana com grande concentração populacional, que corresponde ao território ocupado por uma grande cidade e outras cidades ou aglomerados sob a sua influência.

área protegida

Zona geográfica bem delimitada, gerida com o objectivo de preservar e restaurar as espécies animais e vegetais que nela habitam.

grande área

[Futebol] [Futebol]  Zona rectangular de cada extremidade de um campo de futebol, onde se situa a baliza e a marca de grande penalidade.

pequena área

[Futebol] [Futebol]  Zona rectangular dentro da grande área.

etimologiaOrigem etimológica:latim area, -ae, espaço livre, pátio, eira, praça, arena, cemitério.
Confrontar: ária.


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.