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aquém-atlântico

A forma aquém-atlânticopode ser [masculino singular de atlânticoatlântico], [masculino singular topónimo de atlânticoatlântico], [adjectivoadjetivo], [advérbio] ou [nome masculino].

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aquém-atlânticoaquém-atlântico
( a·quém·-a·tlân·ti·co

a·quém·-a·tlân·ti·co

)


advérbio

1. Na região situada do lado de cá do Atlântico.


adjectivoadjetivo

2. Que fica ou acontece do lado de cá do Atlântico.


nome masculino

3. Região de um país situada do lado de cá do Atlântico ou de onde se parte para uma travessia do Atlântico (ex.: esta é a minha família de aquém-atlântico).

sinonimo ou antonimoAntónimoAntônimo geral: ALÉM-ATLÂNTICO

etimologiaOrigem etimológica:aquém- + Atlântico, talassónimo [oceano que fica entre a América, a Europa e a África].

vistoPlural: aquém-atlânticos.
iconPlural: aquém-atlânticos.
atlânticoatlântico
( a·tlân·ti·co

a·tlân·ti·co

)


adjectivoadjetivo

1. Relativo ao Oceano Atlântico (ex.: águas atlânticas).

2. Que vive no Oceano Atlântico (ex.: espécies atlânticas).

3. Relativo ao Atlas, cadeia montanhosa do Norte de África.

4. [Figurado] [Figurado] Grande, hercúleo.

5. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Que tem o formato da folha de impressão que fica inteira e não é dobrada, resultando em duas páginas. = IN-PLANO


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

6. Diz-se de ou oceano que fica entre a América, a Europa e a África. (Com inicial maiúscula.)

etimologiaOrigem etimológica:latim atlanticus, -a, -um.

aquém-atlânticoaquém-atlântico

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).