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açõezitas

A forma açõezitasé [derivação feminino plural de acçãoaçãoação].

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acçãoaçãoação
|àç| |àç| |àç|
( ac·ção a·ção

a·ção

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de agir.

2. Tudo o que se faz. = ACTO, FEITO, OBRA

3. Manifestação de uma força.

4. Operação de um agente.

5. Maneira de actuar. = ACTUAÇÃO, COMPORTAMENTO, DESEMPENHO, PROCEDIMENTO

6. Processo para desenvolver um projecto (ex.: acção governativa; plano de acção).

7. Capacidade para agir; espírito dinâmico, empreendedor (ex.: isso resolve-se com acção e não com conversa; o mundo precisa de mais pessoas de acção). = DINAMISMO, ENERGIA, INICIATIVAINACÇÃO, INÉRCIA, PASSIVIDADE

8. Movimento ou actividade para obter determinado resultado.

9. Influência ou efeito sobre algo ou alguém.

10. Actuação de uma força militar. = COMBATE, LUTA

11. Calor, veemência.

12. [Cinema, Literatura, Televisão] [Cinema, Literatura, Televisão] Desenvolvimento das peripécias de um drama ou de uma narrativa.

13. [Direito] [Direito] Processo judicial para reclamar um direito. = DEMANDA

14. [Economia] [Economia] Título representativo de parte do capital de uma sociedade.

15. [Física] [Física] Alteração de estado nas partículas que estão num campo de alcance.

16. [Química] [Química] Alteração que uma substância provoca noutra.

17. [Retórica] [Retórica] Modo de o orador se comportar fisicamente, através da voz e dos movimentos corporais.


interjeição

18. [Cinema, Televisão] [Cinema, Televisão] Expressão usada para iniciar a filmagem de um plano.


acção de graças

[Religião] [Religião]  Agradecimento ou louvor a Deus ou a um santo.

acção de formação

Aula, sessão ou curso destinado a adquirir ou actualizar conhecimentos profissionais.

acção petitória

[Direito] [Direito]  Aquela em que se pede a posse ou propriedade.

etimologiaOrigem etimológica:latim actio, -onis.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: ação.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: acção.
grafiaGrafia no Brasil:ação.
grafiaGrafia em Portugal:acção.


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber a diferença de sentido das frases: São hipóteses que conduzem à investigação adiante. e São hipóteses que conduzem a investigação adiante.
Na primeira frase apresentada (São hipóteses que conduzem à investigação adiante) há utilização da crase da preposição a (que introduz o complemento indirecto locativo do verbo conduzir) com o artigo definido a, que caracteriza o substantivo investigação como realidade bem determinada. Esta frase pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que levam à investigação a seguir explicitada e não a qualquer outra’.

A segunda frase (São hipóteses que conduzem a investigação adiante) apresenta uma ambiguidade estrutural. Se se considerar que há utilização apenas da preposição a (que introduz o complemento indirecto locativo do verbo conduzir) sem o artigo definido, a estrutura é muito semelhante à da primeira frase, sendo que a ausência do artigo definido indetermina o substantivo investigação. Esta interpretação pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que levam a uma investigação entre outras possíveis’. Se, por outro lado, se considerar que há utilização apenas do artigo definido a, já não se tratará de um complemento indirecto locativo, mas de um complemento directo do verbo conduzir no sentido de ‘dirigir ou governar’. Esta interpretação pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que dirigem a investigação para diante’.

As três estruturas acima explicitadas podem ser mais claramente distinguidas, pela mesma ordem, com frases em que os complementos do verbo conduzir correspondam a um masculino plural, para que não haja ambiguidade em nenhuma frase. Por exemplo, São guias que conduzem aos cumes da montanha pode ser exemplo de utilização da crase da preposição a com o artigo definido os. A frase São guias que conduzem a cumes da montanha pode ser exemplo da utilização apenas da preposição a sem artigo definido. Na frase São guias que conduzem os montanhistas há apenas a utilização do artigo definido os, pois esta acepção do verbo conduzir permite a utilização de um complemento directo, sem qualquer preposição.