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Sonda

A forma Sondapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de sondarsondar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de sondarsondar] ou [nome feminino].

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sondasonda
( son·da

son·da

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de sondar. = SONDAGEM

2. Instrumento que serve para fazer sondagens.

3. Instrumento para medir a profundidade da água.

4. Conjunto dos algarismos que num mapa marítimo indicam a profundidade das águas.

5. Vareta de ferro com que os empregados do fisco ou da alfândega controlam o interior de volumes ou cargas de mato, carqueja, trigo, etc.

6. [Geologia] [Geologia] Aparelho usado para perfurar o subsolo.

7. [Medicina] [Medicina] Instrumento tubular destinado a ser introduzido no organismo para examinar feridas, canais ou órgãos, ou para alguma função terapêutica.

8. [Meteorologia] [Meteorologia] Instrumento ou engenho que se lança na alta atmosfera para recolher e analisar informações.

9. [Por extensão] [Por extensão] Resultado de uma sondagem.

10. [Figurado] [Figurado] Meio ou instrumento de investigação, de estudo ou de pesquisa.


sonda espacial

Engenho de exploração espacial não habitada, lançada da Terra, destinada a estudar o meio interplanetário ou certos astros do sistema solar.

tomar a sonda

Medir a profundidade.

etimologiaOrigem etimológica:francês sonde.

sondarsondar
( son·dar

son·dar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Investigar.

2. Tactear, explorar.

3. Reconhecer, por meio de sonda, a profundidade da água, a natureza de um terreno, o estado da atmosfera: Sondar uma costa.

4. Explorar com a sonda: Sondar uma ferida.

5. [Figurado] [Figurado] Procurar conhecer, inquirir cautelosamente: Sondar as intenções de alguém.


verbo pronominal

6. Aplicar a sonda a si próprio.

7. [Figurado] [Figurado] Consultar-se.

8. Interrogar a própria consciência.

SondaSonda

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.