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mouro

mata-mouros | n. m. 2 núm.

Indivíduo que exagera os seus feitos e valentias....


moira | n. f.

O mesmo que moura....


zorame | n. m.

Capa com capuz, de estilo mouro (ex.: o cavaleiro trajava um zorame)....


cerame | n. m.

Capa com capuz, de estilo mouro....


cerome | n. m.

Capa com capuz, de estilo mouro....


moura | n. f.

Mulher de procedência mourisca....


mourama | n. f.

Conjunto dos mouros....


mouraria | n. f.

Bairro destinado à moradia de mouros....


mourisma | n. f.

Conjunto dos mouros....


tagarino | n. m.

Mouro nascido entre os cristãos de Espanha e que falava correntemente a língua castelhana....


algazarra | n. f.

Gritaria dos mouros no início dos combates....


elche | n. m.

Cristão ou mouro renegado; apóstata....


gurguri | n. m.

Espécie de narguilé usado por baneanes e mouros de Moçambique....


sarraceno | adj. n. m. | n. m.

Árabe; mouro....


moiro | adj. n. m.

O mesmo que mouro....


murzelo | adj. n. m.

Diz-se de ou cavalo preto....


mauritano | adj. | n. m. | adj. n. m.

Mouro....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




"Rastreabilidade" pode ou não ser usada em português correcto?
A palavra rastreabilidade (com o significado “qualidade do que é rastreável”), apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, apresenta uma formação correcta (de acordo com o paradigma -ável / -abilidade), pelo que o seu uso é possível. O adjectivo rastreável (de rastrear + sufixo -ável), apesar da sua formação correcta e da sua relativa frequência, apenas se encontra registado no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.

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