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fugirmos

Que está fora deste mundo; que foge do mundo....


fugaz | adj. 2 g.

Que foge com rapidez....


fugiente | adj. 2 g.

Que foge; que se afasta; que se vai perdendo de vista....


víspere | interj.

Expressão usada para mandar retirar, sair ou afastar-se....


fugidio | adj.

O mesmo que fugidiço....


Final de um verso de Virgílio que nos adverte de que o tempo que passa não volta mais, e de que o não devemos desperdiçar em futilidades....


calhambola | n. m.

Dizia-se de pessoa escrava que fugira para o sertão....


debatidura | n. f.

Acto de se debater, para fugir (falando-se de aves presas)....


furtadela | n. f.

Movimento do corpo quando foge a um ataque....


mocambo | n. m.

Local onde os escravos negros se abrigavam, quando fugiam para o mato....


sola | n. f.

Couro curtido do boi para calçado, etc....


mutuca | n. f. | n. m.

Espécie de moscardo grande que persegue os gados....


perna | n. f.

Cada um dos dois membros inferiores ou posteriores do corpo animal....




Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.


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