Gostaria de saber se o emprego do verbo ir na frase abaixo está correto:
Vocês irão? De acordo com o futuro do presente do indicativo a conjugação seria: eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, vós ireis, eles irão.
Portanto, irão é a forma verbal do futuro do presente do indicativo para a terceira pessoa do plural e não para a segunda pessoa do plural. Não é isso?
Como é referido no verbete você
do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, este pronome e as suas flexões funcionam como forma de tratamento de 2.ª pessoa
(equivalente a tu / vós), mas obrigam à concordância do verbo com a
3.ª pessoa (equivalente a ele / eles). Por essa razão, usa-se você irá, vocês
irão e não *você irás, *vocês ireis (o asterisco indica agramaticalidade).
De facto, é possível
identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os
substantivos ponta e pé – sem que nenhuma delas tenha sido
afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação
ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em
girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse
essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol)
a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua
integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a
denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se
encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo,
pontapé).
O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como
pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se
unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No
caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com
consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja
pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada
(idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as
palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.
Sobre este
assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa,
de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et
al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.
Resina fóssil, dura, quebradiça, semitransparente, de cor amarela, com que se fabricam boquilhas, rosários, artigos de joalharia, etc.
nome masculino
1.
Resina fóssil, dura, quebradiça, semitransparente, de cor amarela, com que se fabricam boquilhas, rosários, artigos de joalharia, etc.
=
ÂMBAR-AMARELO, SÚCINO
2.
Cor amarela dourada.
3.
Substância de cor cinzenta, que é concreção intestinal dos cachalotes, com consistência de cera e cheiro parecido ao do almíscar.
=
ÂMBAR-CINZENTO, ÂMBAR-GRIS