PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

discorda

Que dissente ou discorda (ex.: a lei foi interpretada de modo dissentâneo)....


Usa-se nas aprovações plenas, para indicar que é por unanimidade....


De modo educado (ex.: discordar educadamente)....


data venia | loc.

Expressão usada para discordar de ou contrariar respeitosamente a ideia ou opinião de outrem; com o devido respeito....


achadismo | n. m.

Exposição, argumentação ou conjunto de ideias que se baseia apenas na subjectividade, na opinião pessoal (ex.: discordo desse comentário, fundamentado apenas em achadismo)....


contrário | adj. | n. m.

Que é contra, que discorda....


dissidente | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que dissente, discorda ou diverge de algo....


desvairado | adj. | adj. n. m.

Que perdeu o juízo ou o bom senso....


avesso | adj. | n. m. | n. f.

Que é contra ou que discorda....


desarmonizar | v. tr. | v. pron.

Discordar; ter discórdias....


desconcordar | v. tr. | v. intr.

Não concordar; discrepar; discordar....


descordar | v. tr.

Cortar a medula espinal (do touro) com o estoque....


desdizer | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Discordar; estar em contradição; não convir....



Dúvidas linguísticas



Praxe deve ler-se: "praCHe" ou "praCSE"?
O xis da palavra praxe deverá ser lido como ch, como na palavra lixo.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


Ver todas