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desperdiço

Final de um verso de Virgílio que nos adverte de que o tempo que passa não volta mais, e de que o não devemos desperdiçar em futilidades....


desperdiçador | adj. n. m.

Que ou aquele que desperdiça; esbanjador....


desaproveitar | v. tr.

Não aproveitar; desperdiçar; não utilizar....


desgovernar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Governar mal....


granjear | v. tr.

Tratar a terra para cultivo (ex.: granjear um terreno)....


malgastar | v. tr.

Desperdiçar; esbanjar; gastar mal....


perder | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Deixar de ter alguma coisa útil, proveitosa ou necessária, que se possuía, por culpa ou descuido do possuidor, ou por contingência ou desgraça....


poupar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Juntar dinheiro; fazer economias ou poupanças....


farinha | n. f.

Pó proveniente da moagem de um cereal, de um legume seco ou de certas raízes trituradas....


ora | adv. | conj. advers. | conj. disj. | interj.

Neste momento (ex.: afinal ele tinha razão, como ora se comprova)....


mal-empregado | adj. | interj.

Que podia ter melhor uso (ex.: talento mal-empregado)....


prodigalizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Despender ou gastar com excesso ou demasiada largueza....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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