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compreensão

sagaz | adj. 2 g.

Que denota perspicácia ou facilidade de compreensão; que é dotado de sagacidade....


tate | interj.

Expressão usada para uma lembrança ou compreensão súbita....


naïf | adj. 2 g.

Que se caracteriza pelas formas simples e pela fácil compreensão do que está representado (ex.: arte naïf)....


Expressão usada para indicar que determinada explicação é pouco clara, mais difícil de entender do que aquilo que ela devia clarificar, o que torna ainda mais obscura a sua compreensão (ex.: dizer que o ópio faz dormir porque tem virtude dormitiva é explicar obscurum per obscurius)....


Que revela falta de compreensão ou de tolerância....


aguçado | adj.

Que tem sentido apurado de raciocínio ou de compreensão (ex.: crítica aguçada)....


compreensão | n. f.

Significação da palavra (em oposição a extensão): a compreensão está na razão inversa da extensão (ex.: português tem maior compreensão que europeu)....


largueza | n. f.

Liberalidade, tolerância, compreensão....


penetração | n. f.

Força de compreensão intelectual....


sagacidade | n. f.

Agudeza de espírito ou facilidade de compreensão; qualidade do que é sagaz....


vivacidade | n. f. | n. f. pl.

Compreensão rápida, prontidão em conceber, esperteza....


imediatismo | n. m.

Tendência para o que é de obtenção, compreensão ou vantagem imediata....


insight | n. m.

Compreensão, percepção ou revelação repentina....


irenismo | n. m.

Atitude de compreensão, conciliação, pacificação relativamente a disputas entre cristãos de confissões diferentes....


acroase | n. f.

Impossibilidade de compreensão sem explicações....


cumplicidade | n. f.

Entendimento ou compreensão (ex.: cumplicidade entre mãe e filho; olhar de cumplicidade)....


prontidão | n. f.

Facilidade (de compreensão ou de execução)....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Existe a palavra responsível?
A palavra responsível não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, sendo formada a partir da aposição do sufixo -ível à raiz latina respons-, do vocábulo responsum, que significa “resposta”. Embora o adjectivo responsível tenha algumas ocorrências em corpora e motores de pesquisa da Internet, o adjectivo responsivo, que partilha do mesmo significado (a que poderá aceder, seguindo a hiperligação), encontra-se dicionarizado, estando o seu uso mais difundido.

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