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-giro

A forma -giropode ser[adjectivoadjetivo], [elemento de composição] ou [nome masculino].

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-giro-giro


elemento de composição

Exprime a noção de movimento, especialmente movimento circular (ex.: autogiro; levogiro).

etimologiaOrigem etimológica: grego gúros, -ou, círculo, espaço circular.
girogiro
( gi·ro

gi·ro

)


nome masculino

1. Movimento em torno de um eixo, em torno de si mesmo ou em volta de um objecto. = ROTAÇÃO, VOLTA

2. Movimento circular de quem passeia (ex.: vamos dar um giro). = PASSEIO, VOLTA

3. Uso de palavras desnecessárias ou evasivas; rodeio de palavras. = CIRCUNLÓQUIO, DIVAGAÇÃO

4. Orientação.

5. Circulação de letras de câmbio.

6. Movimento comercial.

7. Tarefa, lida.

8. Percurso feito para vigiar algo ou para distribuir ou recolher alguma coisa. = RONDA, VOLTA

9. Turno ou vez de uma actividade.

10. [Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] Título de transporte recarregável da área metropolitana do Funchal.

11. [Jogos] [Jogos] Jogo de quatro parceiros no bilhar (dois contra dois).


adjectivoadjetivo

12. [Portugal] [Portugal] Bonito, lindo (ex.: saia gira).

13. [Portugal] [Portugal] Elegante (ex.: estás gira, hoje).

14. [Portugal] [Portugal] Interessante, com qualidade (ex.: livro giro).

15. [Portugal] [Portugal] Que tem qualidades positivas (ex.: ele teve uma atitude gira).

16. [Geometria] [Geometria] Diz-se de ângulo que mede 360 graus. = COMPLETO

etimologiaOrigem etimológica: grego gúros, -ou, círculo, espaço circular.
-giro-giro

Auxiliares de tradução

Traduzir "-giro" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).