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trotes

A forma trotespode ser [masculino plural de trotetrote] ou [segunda pessoa singular do presente do conjuntivo de trotartrotar].

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trotartrotar
( tro·tar

tro·tar

)
Conjugação:unipessoal.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. [Hipismo] [Hipismo] Andar a trote (ex.: os cavalos trotam no prado). = TROTEAR

2. [Hipismo] [Hipismo] Andar em cavalgadura a trote (ex.: trotei por mais alguns metros). = TROTEAR

3. [Figurado] [Figurado] Caminhar apressadamente (ex.: a multidão trotava agora rumo à praça).


verbo transitivo

4. [Brasil] [Brasil] Fazer brincadeira para enganar ou vexar alguém. = TROÇAR, ZOMBAR

5. [Brasil] [Brasil] Impor práticas ou brincadeiras aos estudantes caloiros. (Equivalente no português de Portugal: praxar.)

etimologiaOrigem etimológica:francês trotter.

trotetrote
( tro·te

tro·te

)


nome masculino

1. Andadura do cavalo e de certos quadrúpedes, entre o passo ordinário e o galope (ex.: diminuiu o ritmo e passou a trote).

2. [Popular] [Popular] Uso quotidiano. = COTIO

3. [Brasil] [Brasil] O mesmo que trote estudantil (ex.: presidente da comissão de trote). [Equivalente no português de Portugal: praxe.]

4. [Brasil] [Brasil] Brincadeira feita com o intuito de enganar ou vexar alguém (ex.: gostava de passar trotes aos amigos). = TROÇA, ZOMBARIA

5. [Brasil] [Brasil] Brincadeira escarnecedora que alguém faz sob outra identidade, geralmente feita por telefone ou telemóvel (ex.: ligaram para minha casa, mas era trote).


a trote

[Figurado] [Figurado] Apressadamente.

trote de peludo

[Brasil: Rio Grande do Sul] [Brasil: Rio Grande do Sul] Excesso de trabalho, de responsabilidades.

trote estudantil

[Brasil] [Brasil] Conjunto de práticas ou brincadeiras que estudantes mais velhos aplicam aos caloiros (ex.: audiência pública para discussão do trote estudantil). [Equivalente no português de Portugal: praxe académica.] = TROTE

trote rasgado

Andadura que é feita com passadas grandes e que dura muito tempo.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de trotar.

trotestrotes

Auxiliares de tradução

Traduzir "trotes" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.