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senhorzinho

A forma senhorzinhoé [derivação masculino singular de senhorsenhor].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
senhorsenhor
|nhô| |nhô|
( se·nhor

se·nhor

)


nome masculino

1. [História] [História] Pessoa que possuía honras ou coutos, vassalos ou que tinha autoridade feudal (ex.: senhor feudal). = FIDALGO

2. Dono da casa em relação aos criados ou empregados. = AMO, PATRÃO

3. Pessoa ou ser que tem poder ou domínio sobre algo (ex.: a águia é senhora dos céus; ela estava senhora da situação; o proprietário era um senhor do negócio da cortiça).

4. Indivíduo distinto (ex.: o pai deles era um senhor).

5. Tratamento respeitoso ou de cerimónia (ex.: o senhor sabe onde fica esta rua?).

6. Tratamento de cortesia que se usa seguido de nome próprio, de título académico, honorífico ou profissional (ex.: bom dia, senhora professora; o senhor engenheiro está atrasado; senhor António; senhora dona Antónia).

7. Indivíduo indeterminado, de quem se omite ou desconhece o nome (ex.: está um senhor à espera).

8. Cada um dos cônjuges em relação ao outro (ex.: como tem passado a sua senhora? cumprimentos ao seu senhor). = ESPOSO

9. [Antigo] [Antigo] Título nobiliárquico.

10. [Religião] [Religião] Deus. (com inicial maiúscula.)


adjectivoadjetivo

11. [Informal] [Informal] Usa-se antes de nomes comuns para acentuar qualidades ou valor (ex.: um senhor carro; uma senhora feijoada). = EXCELENTE, GRANDE, ÓPTIMO


estar senhor de

Conhecer perfeitamente alguma coisa (ex.: estava senhor de toda a situação).

estar senhor de si

Estar lúcido ou perfeitamente consciente (ex.: ele já não está senhor de si).

ser senhor de si

Ser independente.

ser senhor do seu nariz

Não querer os conselhos de ninguém; ser soberbo e arrogante.

etimologiaOrigem etimológica:latim senior, -oris, mais velho.

vistoFeminino: senhora |nhô|.
iconFeminino: senhora |nhô|.
iconeNota: No português antigo, senhor era nome de dois géneros, podendo ser usado para o masculino e para o feminino (ex.: ai meu amigo e meu senhor; por quanto eu dela vejo, minha senhor me defende).
senhorzinhosenhorzinho


Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).