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quebráramos

A forma quebráramosé [primeira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de quebrarquebrar].

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quebrarquebrar
( que·brar

que·brar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Fazer ou fazer-se em pedaços; dividir ou dividir-se em partes, geralmente por acção de impacto ou violência (ex.: quebrou a tábua com um golpe de caraté; vaso ruim não quebra; a ponta do lápis quebra-se com facilidade). = DESPEDAÇAR, FRAGMENTAR, PARTIR, RACHAR

2. Causar ou sofrer fractura (ex.: o concerto foi cancelado após o cantor quebrar duas costelas num acidente; o osso quebrou; foi atropelada e quebrou-se toda). = FRACTURAR, PARTIR


verbo transitivo

3. Fazer vinco em (ex.: vire a página com cuidado para não quebrar o papel). = DOBRAR, VINCAR

4. Fazer rodar sobre um eixo (ex.: quebrou o corpo para a direita e saiu da mesa). = DOBRAR, GIRAR, TORCER

5. Mudar de direcção com curva acentuada (ex.: na próxima rua, quebre à esquerda). = VIRAR

6. Desviar da sua direcção original (ex.: o abajur quebra a luz). = REFRACTAR, REFRANGER

7. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Passar parte de uma palavra para a linha seguinte.

8. Cometer transgressão; desrespeitar preceito ou regra (ex.: quebrar o sigilo bancário). = INFRINGIR, QUEBRANTAR, TRANSGREDIR, VIOLAR

9. Causar grande abalo emocional (ex.: a notícia quebrou o meu coração). = ABALAR, PARTIR

10. Não respeitar um compromisso (ex.: ficaria ofendida se ele quebrasse a promessa). = QUEBRANTARCUMPRIR

11. Dominar, subjugar, vencer (ex.: o interrogatório policial não quebrou o suspeito).

12. Ultrapassar marca ou limite estipulados (ex.: quebrou o seu recorde pessoal).

13. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Tornar manso (ex.: como quebrar um cavalo selvagem?). = AMANSAR, DOMAR

14. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Bater, espancar, surrar.

15. Mover de forma lânguida, lasciva ou sensual (ex.: dançava muito bem, quebrando os quadris com ritmo). = REQUEBRAR


verbo transitivo e pronominal

16. Pôr fim a (ex.: quebrou todos os laços com o partido; a tradição quebrou-se). = ACABAR, CESSAR, DESTRUIR

17. Causar ou sofrer interrupção (ex.: o barulho acabou por quebrar o curso do pensamento; a rotina quebrou-se). = CORTAR, INTERROMPER

18. Anular o efeito ou a influência de (ex.: quebrar um feitiço; o encanto quebrou-se). = ILAQUEAR

19. Fazer desaparecer (ex.: a jornalista foi quebrando a resistência do entrevistado; as dúvidas quebraram-se). = DISSIPAR, EXTINGUIR


verbo transitivo e intransitivo

20. Causar ou sofrer diminuição de intensidade, força ou energia (ex.: o molhe quebrava a impetuosidade das vagas; o tenista quebrou perante o adversário; aos poucos, a voz dela foi quebrando). = ATENUAR, DIMINUIR, ENFRAQUECER

21. [Brasil] [Brasil] Causar ou sofrer dano, avaria (ex.: você quebrou a impressora; o carro quebrou). = AVARIAR, DANIFICARARRANJAR, CONSERTAR

22. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Causar ou sofrer falência; deixar ou ficar sem dinheiro (ex.: a má gestão dos fundos acabará quebrando a instituição; o financiamento impediu que a firma quebrasse). = ARRUINAR, FALIR


verbo intransitivo

23. Bater com ímpeto e estrondo (ex.: o mar quebrava na falésia). = REBENTAR

24. [Informal] [Informal] Adquirir quebradura, hérnia.

25. [Brasil] [Brasil] Sofrer queda ou diminuição de algo (ex.: a taxa quebrou para os 5,3% mas depois subiu para os 6%).


verbo pronominal

26. Dobrar-se, formando ângulo (ex.: quebrou-se sobre o encosto da poltrona). = CURVAR, VERGAR


nome masculino

27. Acto ou efeito de quebrar.

etimologiaOrigem etimológica:latim crepo, -are, crepitar, estalar, rachar-se, fender-se, rebentar com estrondo, soltar gases.

quebráramosquebráramos

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.