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opinião

indiferente | adj. 2 g.

Que tem ou manifesta indiferença....


obsequente | adj. 2 g.

Que se conforma com a opinião alheia....


opinativo | adj.

Que se baseia na opinião particular....


Usa-se para afirmar concordância ou confirmação (ex.: precisamente; é essa também a nossa opinião)....


próteo | adj.

Que muda com facilidade de forma ou de opinião....


renitente | adj. 2 g.

Que não cede, que persiste na sua opinião....


vário | adj. | quant. exist. pron. indef. pl. | quant. exist. pl.

Que muda de opinião ou de ideias....


Sem grande rigor ou pormenor; de maneira imperfeita (ex.: há, grosso modo, duas opiniões maioritárias)....


Em relação àquilo em que há absoluta conformidade de opiniões....


Fórmula dogmática dos escolásticos da Idade Média, quando citavam a opinião do mestre Aristóteles; emprega-se ironicamente em relação a qualquer chefe de escola, de partido, etc....


ipse dixit | loc.

Fórmula dogmática dos escolásticos da Idade Média, quando citavam a opinião do mestre Aristóteles; emprega-se ironicamente em relação a qualquer chefe de escola, de partido, etc....


Provérbio latino que defende que convém meditar nas circunstâncias em que possa ser importante deixar provas materiais de uma opinião, de um facto, etc....


parti pris | loc.

Opinião ou ponto de vista preconcebido e inflexível (ex.: não há qualquer parti pris em relação às nomeações)....


data venia | loc.

Expressão usada para discordar de ou contrariar respeitosamente a ideia ou opinião de outrem; com o devido respeito....


nomo- | elem. de comp.

Elemento que significa lei, regra, norma (ex.: nomograma)....


camaleão | n. m. | n. m. pl.

Pessoa que muda facilmente de opinião ou de conduta....


comunhão | n. f.

Participação em comum....




Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Qual é a diferença entre as duas seguintes expressões: "Pelo presente, vimos [...]" e "Pela presente, vimos [...]"?
O adjectivo presente é uniforme, isto é, apresenta uma mesma forma para o feminino (ex.: as pessoas presentes emocionaram-se) e para o masculino (ex.: os rapazes presentes emocionaram-se).

Na acepção que significa “que está à vista”, presente precede habitualmente o nome que modifica (ex.: a presente encomenda; o presente testamento). É muito frequente encontrá-lo no discurso fazendo referência ao suporte, geralmente escrito, que veicula determinada informação (telegrama, carta, mensagem electrónica, etc.); por vezes é também possível encontrar apenas o adjectivo presente, antecedido de artigo, concordando este com o género do referente ausente (ex.: Pela presente [carta] vimos anunciar o fim dos serviços contratados; Pelo presente [comunicado] vimos esclarecer os associados).

Assim sendo, as duas expressões que refere estão correctas, desde que respeitem o género do referente que modificam.


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