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foiça

calagouça | n. f.

Foice roçadoura, de cabo curto....


calagouço | n. m.

Foice roçadoura, de cabo mais comprido e volta mais fechada....


falcata | n. f.

Arma antiga formada de uma parte encimada por uma espécie de foice ou podão....


galapo | n. m. | n. m. pl.

Almofada ou coxim da sala....


fouçada | n. f.

O mesmo que foiçada....


morte | n. f.

Acto de morrer....


roçada | n. f.

Acto de roçar....


caleira | n. f.

Pedaço de couro usado pelos ceifeiros para resguardar a mão que não tem a foice, geralmente a esquerda....


fouce | n. f.

O mesmo que foice....


foicinhão | n. m.

Grande foice para serrotar palha....


poda | n. f.

Foice para podar....


podão | n. m.

Foice para podar....


retraço | n. m.

O que está cortado muito miúdo....


drepanócito | n. m.

Glóbulo vermelho com forma de foice, característico da drepanocitose, que contém uma hemoglobina anormal....



Dúvidas linguísticas



Está correcta a palavra bidãos como plural de bidão ou deveria ser bidões?
A palavra bidão forma o plural regular bidões e não *bidãos.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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